Júlia Abrame estava internada desde fevereiro e fez transplante com o pai, que tem órgão 50% compatível. Jogo teve a presença dos ex-jogadores Túlio Maravilha, Veloso, Batata e Jean Carlo.
Por Paola Patriarca, G1 Itapetininga e Região com edição do DT
Ex-jogadores participam de jogo solidário para ajudar família de Júlia Abrame (Foto: Arquivo Pessoal/Farid Ohamad Jamoul)
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10/06/2018 - Ex-jogadores da seleção brasileira, além de ex-atletas que atuaram no Corinthians, Londrina e Palmeiras participaram de um jogo solidário neste domingo (10), no Estádio Clube de Campo de Tatuí, para ajudar a família da pequena Júlia Abrame de Oliveira, de 6 anos.
Júlia motivou uma fila gigante em outubro do ano passado para doação de medula óssea. Como a família não encontrou um doador 100% compatível, o transplante foi feito em fevereiro deste ano com o pai, que tem o órgão com 50% de compatibilidade.
De acordo com o organizador do evento, Farid Ohamad Jamoul, entre os ex-jogadores que participaram estão Túlio Maravilha, Eliseu, Junior, Batata, Rodrigo Costa, Derley, Gustavo Nery, Carlos Alberto, Vitor e Jean Carlo.
Júlia Abrame e a mãe Adriana Abrame durante jogo solidário em Tatuí (Foto: Arquivo Pessoal/Adriana Abrame) |
A ideia de promover o jogo foi após saber que a família da Júlia estava arrecadando dinheiro para conseguir reformar a casa para que a criança consiga se recuperar após o transplante.
“Eles fizeram um bingo recentemente para isso e, então, sensibilizado com a história da família, resolvi ajudar também. Como já faço esses jogos em Tatuí e tenho contato com vários ex-jogadores, procurei organizar o evento. Fiquei muito feliz que todos eles vieram”, afirmou Farid Jamoul ao G1.
Ainda segundo Farid, quase dois mil moradores estiveram no evento. “Eu fiquei emocionado ao ver várias pessoas querendo ajudar e de também ver os ex-atletas se sensibilizando com a história e querendo ajudar”, diz.
Ex-jogadores participam de jogo solidário para ajudar família de Júlia Abrame (Foto: Arquivo Pessoal/Adriana Abrame)
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Para a mãe Adriana Cristina Delalori Abrame de Oliveira, foi gratificante ver tantos moradores querendo ajudar. Ela explica que a casa da família está com uma série de problemas, como infiltrações, rachaduras, bolor e mofo, o que deixa, segundo os médicos, o imóvel impossibilitado de receber a menina após o transplante. "Fiquei muito feliz com esse evento. Estamos bem emocionados", diz
Entre os ex-jogadores que participaram estão Túlio Maravilha, Veloso e Batata (Foto: Arquivo Pessoal/Farid Ohamad Jamoul)
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Júlia foi diagnosticada com leucemia há seis anos e os pais lançaram uma campanha nas redes sociais em busca de um doador de medula óssea, já que nem a irmã mais nova é 100% compatível.
Como não encontraram um doador compatível e o organismo da menina não suporta mais quimioterapia, os médicos sugeriram que Júlia fosse submetida ao transplante de medula haploidêntico, que é feito com alguém 50% compatível. No caso, o doador foi o pai.
Júlia Abrame durante tratamento em hospital de Sorocaba (Foto: Arquivo Pessoal/Adriana Abrame) |
Transplante
O pai da Júlia, Antônio Sérgio de Oliveira, disse ao G1 que o sentimento é de gratidão após ter feito o procedimento de doação de medula para sua filha.
“O sentimento agora é de gratidão. A gente faz tudo pelos nossos filhos. Então, pela minha filha, eu faria de novo, mil vezes se fosse necessário, a doação de medula óssea. O que importa é que ela fique bem e se recupere”.
Júlia Abrame com os pais Antônio Sérgio e Adriana Abrama (Foto: Arquivo pessoal/Adriana Abrame)
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Fila gigante
Campanha para cadastro de medula óssea mobilizou centenas em Tatuí (Foto: Arquivo Pessoal) |
Mais de 1,6 mil pessoas formaram uma fila para se cadastrar como doador de medula óssea para ajudar a Júlia no dia 28 de outubro. O mutirão foi organizado no Centro Médico de Especialidades Médicas (Cemem) por uma amiga da mãe da menina, que é enfermeira e se sensibilizou pela história.
“Fiquei emocionada com tanto amor e carinho das pessoas que se mobilizaram para ajudar uma criança, muitos nem a conhecem, mas deixaram de lado seus afazeres e enfrentaram uma fila para se cadastrar. Além dessas pessoas, recebi mensagem de outros estados e até da Argentina e Dubai, dizendo que fizeram o cadastro para ajudar a Júlia. Eu só tenho a agradecer”, conta emocionada.
Adriana conta que, além das pessoas que se cadastraram, cerca de 400 pessoas foram dispensadas, pois havia acabado os kits para coleta de sangue.
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