Retirada do corpo do rapaz que foi morto levou quase 14 horas, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Por RPC Curitiba, editado pelo DT
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Família espera mais de 13 horas por IML e vela corpo de jovem na rua |
16/01/2018 - A mãe de um jovem de 18 anos que foi morto na noite de segunda-feira (14), em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, reclamou do descaso com que a retirada do corpo do filho foi tratada. Sem veículos para atender a ocorrência, o corpo do rapaz ficou quase 14 horas no meio da rua, até ser levado ao Instituto Médico-Legal (IML).
A mãe da vítima, Sueli Dias, disse que ficou o tempo todo ao lado do corpo."Eu não saí um minuto daqui. Cadê que eles vieram?", questionou. "Eu quero o direito de velar o meu filho", contou a mãe, Sueli Dias, antes de o corpo ser resgatado.
O crime aconteceu por volta das 21h30 – a vítima levou uma facada. As polícias Civil e a Científica estiveram no local, fizeram as primeiras análises na cena do crime, isolaram o local e liberaram a retirada do corpo. O caso é investigado pela Polícia Civil. No entanto, o IML estava sem veículos para atender ao caso.
Tio de Tatuí chega antes do recolhimento do corpo
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Tio da vítima Márcio Pedro saiu de Tatuí e chegou a Colombo antes do resgate do corpo (Foto: Reprodução/ RPC Curitiba) |
Com a situação, o velório do rapaz foi improvisado no meio da rua. O tio do jovem, Márcio Pedro, saiu de Tatuí para acompanhar o velório do sobrinho. Quando chegou a Colombo, após seis horas de viagem, ainda se deparou com o corpo no mesmo local da morte. Na avaliação do tio, não há explicação. " É difícil para a gente. Quase seis horas de viagem para chegar aqui e o menino estar no mesmo lugar ainda. Cadê a providência do pessoal?", questiona.
Quase 13 horas depois, uma viatura do IML chegou a se deslocar até o local do crime, mas bateu no meio do caminho, atrasando ainda mais o resgate do corpo.
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Carro do IML bateu no trajeto para a ocorrência (Foto: Reprodução/ RPC Curitiba) |
Situação se repetiu
A mesma demora aconteceu com outras quatro mortes na Região Metropolitana de Curitiba. Às 16h de segunda-feira, uma pessoa morreu em Adrianópolis. O corpo só deu entrada no IML às 4h10 desta terça.
Em Balsa Nova, um homem morreu por volta das 22h40, mas o corpo só chegou ao IML às 8h20 desta terça. Na cidade vizinha, Araucária, houve mais uma morte à 1h desta terça-feira, e o corpo deu entrada também às 8h20.
A quinta morte foi em um acidente na BR-116, na manhã desta terça-feira. Um motociclista bateu em um carro e morreu na hora. A entrada no IML só foi registrada por volta das 11h.
Conflito de informações
Durante a manhã, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou, às 10h30, que a situação já tinha sido resolvida e que todos os corpos tinham sido recolhidos.
A informação, no entanto, não procedia, já que os corpos só terminaram de chegar por volta das 11h.
Ainda de acordo com a pasta, o IML de Curitiba possui quatro viaturas e oito motoristas, que atuam em regime de plantão.
No entanto, mais cedo, o diretor administrativo do IML, Jonatas Davis de Paula, tinha dito que o problema é a falta de motorista. Ele afirmou que dois veículos estão parados.
O IML ainda informou que uma das viaturas que estava no litoral, na Operação Verão, voltou a Curitiba para ajudar no atendimento.
Um novo posicionamento da Sesp foi solicitado, mas a secretaria não se pronunciou até a publicação desta reportagem.
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