Os
subjugados
O boulevard sub-pontil
É casa dos desabastados
E povo deveras gentil
Ao léu entregados
Invisíveis à população
Trabalhadores incansáveis
Vivem em constante comiseração
Pelas más sortes degradáveis
Os olhos alheios
Contaminados por repugnação
Repelem o foco do permeio
Do estrato de desolação
O banho é quente
Dos indivíduos regalados
O frio permanente
Do banho de chuva gelado
Dos restos rejeitados
Os seus “prazeres” surgem
Pobres seres coitados
Suas necessidades urgem
Quem salvará esse povo
Da fome da comiseração?
Sofrem muito de novo
Com a falta de degustação
A fé move montanhas
E a fé lhes pertence
Acalenta suas entranhas
Desprendendo-os dos “pences”
A esperança sempre viverá
Ao lado do inaudito clamor
Que, talvez, eternamente viverá
Nessa sociedade a todo vapor
A.M.O.R.
Ana Moraes de Oliveira Rosa
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