'Não pude comemorar os 11 anos dela', diz mãe de criança que desapareceu há 8 meses
Por G1 Itapetininga e Região, editado pelo DT
Menina desapareceu há oito meses enquanto brincava com irmãos, em Tatuí (Foto: Arquivo Pessoal)
A mãe da menina Juliana Soares Conceição, que está desaparecida há oito meses após sair de casa para brincar com os irmãos, em Tatuí (SP), contou ao G1 que o dia mais triste desde que sua filha sumiu foi no último sábado (8), em que Juliana completou 11 anos. Para Ilzoneide Soares da Silva, foi desesperador não poder comemorar o nascimento da criança.
“Eu chorei o dia inteiro desde a hora que acordei. Não pude comemorar os 11 anos dela, fazer festinha e dar aquele abraço. É muito triste não saber onde ela está. Quero minha filha aqui. Eu não aguento mais isso”, afirma.
Juliana foi vista pela última vez no dia 6 de novembro do ano passado. Segundo a mãe, a filha saiu com os outros três filhos dela, de 13, 9 e 6 anos no domingo para brincar na rua onde vivem, a Rua Pedra Ribeiro Abrame, no Bairro Santa Rita. No entanto, apenas Juliana não retornou para a casa.
“Eles foram brincar em frente de casa, como sempre fazem. Eu fiquei em casa com o meu outro filho, que tem deficiência física. Mas eles sempre brincam na rua de casa, nunca saem longe. Os irmãos dela falaram que não viram quando a Juliana sumiu, porque estavam brincando de bola. Não viram quando ela desapareceu. Só peço para Deus para encontrá-la", diz.
Ilzoneide afirma que, apesar de não ter notícias há oito meses, ela e os vizinhos continuam com buscas pelo bairro toda semana.
“Eu tenho fé em Deus que vamos encontrá-la. Um dia eu vou achar ela. Toda semana eu faço busca com os vizinhos. Voltei a trabalhar como faxineira, mas faço as buscas toda semana. Já faz tempo que não temos nenhuma informação, mas mesmo assim eu não vou desistir”, ressalta.
Ilzoneide Soares da Silva afirma que não desistiu de buscar pela filha em Tatuí (Foto: Reprodução/TVTEM)
Investigação / Segundo o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Agnaldo Ramos, ainda não há informações sobre o paradeiro da menina.
“O inquérito continua aberto e estamos prosseguindo com as investigações. Mas, infelizmente, não temos nenhuma pista do paradeiro da Juliana”, afirma.
Peças de roupas da criança foram achadas em 11 de novembro e também imagens de uma câmera de segurança de uma casa que mostram a menina conversando com um rapaz momentos antes de sumir foram analisadas pelo delegado.
O homem que aparece nas imagens informou à polícia que conhece a garota e que ela costuma brincar com a irmã dele, segundo a polícia. Contudo, disse também que estava só passando pela rua e nega qualquer tipo de contato.
“Descartamos a hipótese do homem porque testemunhas viram a criança em outro local depois já sem a presença do rapaz. Mas todas as informações que recebemos estamos checando a veracidade. Por isso a importância da imprensa em divulgar a foto dela. Caso alguém a veja pode ligar para o disque denúncia 197 ou Polícia Militar 190”, diz Ramos.
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