Administração da unidade admite problemas e afirma que dinheiro de SUS tem sido usado para pagamento dos funcionários. Pacientes chegam a esperar meses por cirurgia no hospital.
Por G1 Itapetininga e Região
Santa Casa de Tatuí passa por problemas financeiros e médicos do local estão há três meses sem receber salário, informou a direção da unidade de saúde nesta quarta-feira (10).
A diretoria também afirma que a crise financeira não consegue ser contida pois o dinheiro repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para manter o hospital está sendo usado para o pagamento dos funcionários.
Além disso, dois dos oitos leitos da UTI (Unidade Intensiva de Tratamento) estão em manutenção e a Santa Casa não tem previsão de quando eles estarão em funcionamento, pois falta verba para consertá-los.
A crise financeira da unidade não é recente. Em dezembro do ano passado, os funcionários do hospital entraram em greve pela falta de pagamento de salários, paralisando parte dos atendimentos por um mês.
Somente depois de um acordo com a prefeitura, que se comprometeu a pagar os salários atrasados, é que os funcionários voltaram a trabalhar.
Na época, ficou garantido que seriam repassados para o hospital R$ 9,9 milhões em 12 parcelas. A verba viria do SUS, Governo do Estado e da Prefeitura de Tatuí.
Enquanto a crise administrativa e financeira não é resolvida, quem arca com as consequências é a população que busca atendimento na Santa Casa. O pai de Eva Azevedo quebrou o fêmur há quase um mês. Ele foi levado ao pronto-socorro e, segundo ela, foi bem atendido pelos profissionais, mas ainda espera por cirurgia.
"Os médicos até querem fazer essa cirurgia, mas como não tem esse suporte da UTI, não tem como. Esta já é a terceira semana que ele já fica de jejum, preparado [para a cirurgia], só que não tem nada certo", afirma a dona de casa."
A situação vivida por Eva é bem parecida com a de Leonor Custódio, também dona de casa. A mãe dela, uma idosa de 100 anos, também quebrou o fêmur no fim de abril e está internada na Santa Casa desde então, mas até o momento sem previsão para realizar a cirurgia. "Só dizem que vai demorar muito, que não tem como [ser agora], não tem UTI, é só 'não tem, não tem', infelizmente é isso", desabafa.
Já o marido da pastora Fátima da Costa conseguiu uma internação na unidade de saúde após sofrer um infarto, mas isso só porque poderia ter graves complicações se não tivesse o atendimento adequado.
Por G1 Itapetininga e Região
Santa Casa de Tatuí passa por problemas financeiros e médicos do local estão há três meses sem receber salário, informou a direção da unidade de saúde nesta quarta-feira (10).
A diretoria também afirma que a crise financeira não consegue ser contida pois o dinheiro repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para manter o hospital está sendo usado para o pagamento dos funcionários.
Além disso, dois dos oitos leitos da UTI (Unidade Intensiva de Tratamento) estão em manutenção e a Santa Casa não tem previsão de quando eles estarão em funcionamento, pois falta verba para consertá-los.
A crise financeira da unidade não é recente. Em dezembro do ano passado, os funcionários do hospital entraram em greve pela falta de pagamento de salários, paralisando parte dos atendimentos por um mês.
Somente depois de um acordo com a prefeitura, que se comprometeu a pagar os salários atrasados, é que os funcionários voltaram a trabalhar.
Na época, ficou garantido que seriam repassados para o hospital R$ 9,9 milhões em 12 parcelas. A verba viria do SUS, Governo do Estado e da Prefeitura de Tatuí.
Enquanto a crise administrativa e financeira não é resolvida, quem arca com as consequências é a população que busca atendimento na Santa Casa. O pai de Eva Azevedo quebrou o fêmur há quase um mês. Ele foi levado ao pronto-socorro e, segundo ela, foi bem atendido pelos profissionais, mas ainda espera por cirurgia.
"Os médicos até querem fazer essa cirurgia, mas como não tem esse suporte da UTI, não tem como. Esta já é a terceira semana que ele já fica de jejum, preparado [para a cirurgia], só que não tem nada certo", afirma a dona de casa."
A situação vivida por Eva é bem parecida com a de Leonor Custódio, também dona de casa. A mãe dela, uma idosa de 100 anos, também quebrou o fêmur no fim de abril e está internada na Santa Casa desde então, mas até o momento sem previsão para realizar a cirurgia. "Só dizem que vai demorar muito, que não tem como [ser agora], não tem UTI, é só 'não tem, não tem', infelizmente é isso", desabafa.
Já o marido da pastora Fátima da Costa conseguiu uma internação na unidade de saúde após sofrer um infarto, mas isso só porque poderia ter graves complicações se não tivesse o atendimento adequado.
Durante alguns dias, ela pôde acompanhar as condições dentro da Santa Casa e afirma que o problema não é falta de leitos. "Eu não sei o motivo de tantos quartos estarem fechados se tem tanta gente aqui necessitando. Fiquei abalada de ver tanta injustiça, principalmente com os idosos", lamenta.
Problemas administrativos
Desde o final de 2015 que a Santa Casa de Tatuí apresenta problemas no atendimento aos pacientes. Em janeiro de 2016, a prefeitura assumiu a administração do hospital, por meio de decreto, depois que funcionários paralisaram as atividades.
Problemas administrativos
Desde o final de 2015 que a Santa Casa de Tatuí apresenta problemas no atendimento aos pacientes. Em janeiro de 2016, a prefeitura assumiu a administração do hospital, por meio de decreto, depois que funcionários paralisaram as atividades.
Em maior, apenas quatro meses à frente encarregada da Santa Casa, a prefeitura entregou a gestão para uma equipe.
De acordo com o então prefeito do município, Manu Coelho, a decisão foi tomada por causa da queda na arrecadação dos recursos e, que as mudanças feitas no sistema financeiro na época, iriam permitir que a nova administração assumisse o controle e não enfrentasse dificuldades novamente.
"É difícil entender como não tem uma UTI, o que precisa ser feito, perguntei pro médico se não tinha como transferir alguns pacientes para outros lugares, mas eles dizem que não tem resposta", conta Leonar, na espera de que sua mãe seja atendida o mais breve possível.
De acordo com o então prefeito do município, Manu Coelho, a decisão foi tomada por causa da queda na arrecadação dos recursos e, que as mudanças feitas no sistema financeiro na época, iriam permitir que a nova administração assumisse o controle e não enfrentasse dificuldades novamente.
"É difícil entender como não tem uma UTI, o que precisa ser feito, perguntei pro médico se não tinha como transferir alguns pacientes para outros lugares, mas eles dizem que não tem resposta", conta Leonar, na espera de que sua mãe seja atendida o mais breve possível.
Santa Casa de Tatuí (SP) enfrenta problemas administrativos e financeiros (Foto: Reprodução/TV Tem) |
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