Por G1 Itapetininga e região
Uma operação da Secretaria da Fazenda do Estado apreendeu documentos de uma filial da empresa Dolly Brasil Refrigerantes, localizada em Tatuí (SP), na manhã desta quinta-feira (18).
A ação faz parte da "Operação Clone" e é realizada em unidades da empresa em todo o estado. A equipe de reportagem da TV TEM tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa e os responsáveis pela empresa Dolly, porém não houve um retorno até o momento.
Segundo a Receita Federal, entre os documentos apreendidos estão notas fiscais de compra e venda que estavam sendo usadas na fábrica, mas que são da matriz que fica em São Paulo, o que pode ser considerado fraude.
Segundo o delegado regional tributário Chilion de Siqueira, os auditores chegaram ao escritório da fábrica por volta das 6h30, com objetivo de fazer uma cópia dos dados dos computadores, porém uma pane no sistema de informática impediu a ação. Sendo assim, eles recolheram notas fiscais, onde foi possível constatar uma possível fraude nos documentos.
“Apuramos por cima, mas já podemos constatar que existem irregularidades no cálculo do imposto desses documentos. Nossa preocupação maior é que eles estejam emitindo nota de outra empresa do grupo que está com a inscrição estadual cassada”, explica o delegado.
Fábrica da Dolly é investigada por suspeita de fraude (Foto: Reprodução/TV TEM ) |
Fraude no ICMS
Ainda segundo Siqueira, a investigação sobre a empresa começou há algum tempo com a suspeita de fraude na arrecadação do ICMS, que é o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.
Siqueira ressalta que os responsáveis pela empresa foram chamados diversas vezes para prestar esclarecimentos, porém nunca atenderam aos pedidos. “A empresa deve em torno de R$ 2 bilhões em débitos inscritos de ICMS na dívida ativa. Existem vários autos de infração que já foram lavrados de valores vultosos por irregularidades fiscais”, explica.
A operação também foi realizada em mais cinco filiais da empresa em todo o estado. “Nós vamos fazer um relatório preliminar e enviar para a procuradoria, e analisar os documentos recolhidos. É muito provável que tenhamos que cassar todas as inscrições estaduais do grupo”, diz o delegado.
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