Moradores dizem que precisam pegar correspondências na casa de amigos.
Em nota, prefeitura de Itapetininga diz que tomará providências.
Do G1 Itapetininga e Região
Moradores do Bairro Jurumirim, que antes pertencia a Tatuí e passou a ser de Itapetininga em 2016, reclamam que as ruas continuam sem nome, as casas ainda não possuem número e ainda não há posto de saúde no local. Segundo eles, o problema vem desde abril de 2016, quando o bairro passou a pertencer a Itapetininga, depois de 16 anos em briga judicial.
A prefeitura de Itapetininga informou, por meio da Secretaria de Obras e Serviços, que funcionários estiveram no bairro para averiguar as necessidades do local e tomar as devidas providências.
Ainda de acordo com a Secretaria, o executivo está tomando conhecimento das demandas para estudar as prioridades e então começar a trabalhar no local. Quanto à situação do posto de saúde que não está funcionando, uma equipe da Secretaria da Saúde enviará representantes ao local para verificar as necessidades.
Vania recebe as correspondências na casa de uma amiga em Tatuí (Foto: Reprodução/TV TEM)
A comerciante Vania Maria Forjaz Barracano diz que recebe as correspondências na casa de uma amiga que mora na cidade ao lado, já que as ruas não possuem nomes. “Temos que pedir a conhecidos que tem endereço fixo em Tatuí receberem nossas correspondências”, comenta.
Além disso, eles reclamam que as ruas não têm iluminação e o posto de saúde está abandonado e com mato alto. No ano passado, a Justiça decretou que o bairro pertenceria a Itapetininga, mas os moradores afirmam que fazem tudo em Tatuí por ser mais perto. “Estamos a 30 quilômetros de Itapetininga. Nossa vida se resume a Tatuí”, comenta o aposentado Aparecido da Cunha Brito.
'É preciso pagar pedágio para chegar a Tatuí', afirmam moradores (Foto: Reprodução/TV TEM)
E para chegar a Tatuí, os moradores têm duas opções: ir pela rodovia e passar pela praça de pedágio ou usar uma estrada auxiliar de terra, que está em péssimas condições. O pedreiro Alcindo de Paula Vieira Pires prefere evitar o pedágio, mas precisa gastar com manutenção do veículo regularmente.
“Esta semana gastei R$ 300 para arrumar o carro, fora os amortecedores que quebrei de tanto passar nos buracos”, afirma.
Já Marcia de Oliveira Vieira está desempregada e precisa ir três vezes por semana fazer fisioterapia em Tatuí. Para chegar até a cidade, ela afirma que passa pela praça de pedágio. “Tenho uma despesa de mais de R$ 30 por semana com pedágio, fora o combustível”, comenta.
As linhas dos ônibus circulares de Tatuí também tiveram que mudar a rota, pois não podem mais passar pelo bairro. Com isso, moradores que dependem de transporte público andam quase um quilômetro para chegar até suas casas. “Quem nasce em Jurumirim é Itapetuiense, temos um pouquinho de cada lado”, brinca Vania.
'Estrada auxiliar é de terra e está em péssimas condições', afirmam moradores (Foto: Reprodução/TV TEM)
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