'Só quero que isso acabe', conta Ilzoneide da Silva, que vive no Jardim Santa Rita.
Juliana Soares Conceição tem 10 anos e sumiu quando brincava na rua.
Caio Gomes Silveira, do G1 Itapetininga e Região
A mãe da garota de 10 anos que está desaparecida há um mês em Tatuí fala em desespero, tristeza e dor ao completar um mês sem informações da filha. “É muito, muito sofrimento. Desesperador. Eu só quero que isso acabe, que eu tenha boas ou más notícias, mas que eu tenha notícias. Tenho medo de que todos esqueçam e parem de procurá-la”, clama Ilzoneide Soares da Silva nesta terça-feira (6).
Juliana Soares Conceição, de 10 anos, sumiu em 6 de novembro quando brincava com irmãos na rua em frente de casa, no jardim Santa Rita. A Polícia Civil não tem pistas de onde e como ela pode estar. “Não descartamos nenhuma hipótese ainda”, conta o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em Itapetininga(SP), Agnaldo Ramos.
“Eu acordo e durmo vendo minhas outras quatro crianças em casa, mas não a vejo. Vou em frente à escola onde ela estuda, e ela não está lá. Fico em frente de casa, sonhando com o dia em que ela voltará a entrar”, desabafa Ilzoneide. Além de Juliana, ela tem duas filhas de 13 e 6 anos, e dois filhos de 9 e 1 ano.
Juliana Soares Conceição de 10 anos sumiu após sair para brincar (Foto: Reprodução/TVTEM)
Enquanto Juliana não é encontrada, Ilzoneide faz buscas sozinha pela filha em uma área de matagal no bairro. Cães farejadores apontaram o local durante buscas pela menina, mas nada foi encontrado. “Eu fico assistindo a TV vendo se há notícias de pessoas que raptam crianças, não sei se minha filha está com pessoas assim. É muito difícil, porque em todo lugar que eu vá eu a vejo. Fico em frente à escola onde ela estuda, tem todas aquelas crianças e ela não está lá. É muito triste”, desabafa.
Outra família / Segundo Agnaldo Ramos, uma das hipóteses para o caso é de que a menina esteja vivendo com outra família. Essa possibilidade foi criada após informações obtidas na investigação. “Tenho esperança que ela esteja bem com outra família, mas não podemos revelar os detalhes da investigação”, diz ele.
A polícia investiga também se peças de roupas queimadas achadas em uma área de mato do Bairro Santa Rita pertenciam à garota. As peças foram achadas em 11 de novembro, mas até esta terça-feira o resultado do laudo que comprovariam se pertence à ela não ficou pronto. “Todas as informações que recebemos estamos checando a veracidade. Por isso a importância da imprensa em divulgar a foto dela. Caso alguém a veja pode ligar para o disque denúncia 197 ou Polícia Militar 190”, diz Ramos.
Imagens de uma câmera de segurança de uma casa que mostram a menina conversando com um rapaz momentos antes de sumir também foram analisadas pelo delegado. O homem informou à polícia que conhece a garota e que ela costuma brincar com a irmã dele, segundo a polícia. Contudo, disse também que estava só passando pela rua e nega qualquer tipo de contato. “Descartando essa hipótese porque testemunhas viram a criança em outro local depois já sem a presença do rapaz”, conta o delegado Ramos.
Equipes foram guiadas por cães farejadores até matagal (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Entenda o caso / Segundo a mãe de Juliana, Ilzoneide Soares da Silva, a filha saiu com os outros três filhos dela, de 13, 9 e 6 anos no domingo para brincar na rua onde vivem, a Rua Pedra Ribeiro Abrame, no Bairro Santa Rita. No entanto, apenas ela não retornou para a casa.
“Eles foram brincar em frente de casa, como sempre fazem. Eu fiquei em casa com o meu outro filho, que tem deficiência física. Mas eles sempre brincam na rua de casa, nunca saem longe. Os irmãos dela falaram que não viram quando a Juliana sumiu, porque estavam brincando de bola. Não viram quando ela desapareceu. Só peço para Deus para encontrá-la. Isso nunca tinha acontecido e estamos todos angustiados", diz.
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