Ação teve início na quinta-feira (1º) e segue até 31 de março de 2017.
Tatuí e Cerquilho estão entre os municípios que serão monitorados.
Do G1 Itapetininga e Região
Sete cidades da região receberão monitoramento especial da Defesa Civil do Estado de São Paulo durante a realização da Operação Verão, que começou nesta quinta-feira (1º) e termina em 31 de março. Entre os municípios estão: Tatuí, Itapetininga, Porangaba, Cerquilho, Ribeirão Grande, Laranjal Paulista e Tietê. Segundo o órgão, o objetivo é a preservação de vidas e a redução de danos humanos, materiais e ambientais. Entre as medidas aplicadas estão a prevenção contra enchentes e contenção de deslizamentos.
Meteorologista prevê aumento de chuvas na região (Foto: Reprodução/TV TEM)
De acordo com informações da Defesa Civil, os municípios foram escolhidos com base nos índices pluviométricos. Um dos motivos para que outros ficassem de fora é que o critério utilizado para a seleção das cidades integrantes é o banco de dados de ocorrências de deslizamentos de terra da Coordenadoria Estadual do órgão.
Além disso, segundo o órgão, leva-se em consideração levantamentos feitos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Ministério das Cidades, bem como o mapeamento das áreas de risco. O órgão, entretanto, reforça que embora algumas cidades estejam de fora da Operação Verão, todos os municípios do Estado são monitorados e recebem alertas.
Tatuí sofreu com enchentes no início de 2016 (Foto: Reprodução/TV TEM)
Tatuí foi uma das cidades que mais sofreram com enchente no início de 2016. Para evitar que aconteça novamente em 2017, o coordenador da Defesa Civil, João Batista Alves Floriano, pontua que o órgão trabalha em conjunto com a população o ano todo.
“Preparamos a cidade ao longo do ano orientando os moradores sobre áreas de risco. Temos poucas áreas de deslizamento. Aqui é feito basicamente a orientação pela aproximação dos ribeirinhos. O monitoramento é constante. Nós percorremos todas as áreas e, dependendo da gravidade, retiramos os moradores. No caso de deslizamentos, fazemos muros de contenção para que seja evitado. Nas enchentes é feito o trabalho de orientação. Em épocas de chuva forte, por exemplo, pedimos para que a população fique atenta ao nível do rio. Nos deslizamentos, observarmos a inclinação de árvores, pois é um dos sinais de que vai desbarrancar”, relata.
Em Itapetininga, o coordenador da Defesa Civil Fábio Vaz de Souza conta quais são as orientações. “A população deve evitar construir imóveis próximos aos córregos e também tomar conhecimento dos riscos existentes para que saiba o que fazer em situações de emergência. Com essas chuvas fortes, os dois ribeirões se encontram e transbordam, atingindo as residências mais baixas”, afirma.
O auxiliar geral relembra do problema que sofreu em janeiro de 2016, quando perdeu parte dos móveis da casa após uma enchente na Vila Paulo Ayres. “Perdi o guarda-roupa, raque e uma cama. Quando começou a chover ergui todas as coisas em cima da mesa e do sofá para não perder tudo”, lamenta.
Ainda de acordo com o coordenador da Defesa Civil de Itapetininga, a participação da comunidade é fundamental. “É importante que o morador nos ajude. A gente faz monitoramento em campo, mas o morador sabendo o que pode acontecer facilita”, completa.
Previsão do tempo
Conforme o Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Universidade Estadual Paulista (IPMET), a expectativa é que as temperaturas da região se mantenham na média dos últimos anos. No entanto, a incidência de chuvas deve ser superior. “O prognóstico divulgado para a estação de Verão do Sudeste de São Paulo é de que vai ficar dentro da normalidade. Isso representa que haverá aumento de chuvas”, explica o meteorologista Thiago Guerreiro Ferreira.
Lista de cidades integrantes da Operação Verão (Foto: Reprodução/TV TEM)
Itapetininga registrou enchentes em 2016 (Foto: Reprodução/TV TEM)
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