Antonio de Pádua Oliveira
Neste dia 14 de outubro de 2016, o Conselho de Bairros de Tatuí -COBAT completou 24 anos de fundação, e assim sendo, na qualidade de presidente, gostaria primeiramente de agradecer a todos pelo apoio que nos tem sido dado, em especial às empresas jornalisticas e radiofônicas que tem divulgado nossos trabalhos, bem como aos órgãos oficiais que atendem nossas reivindicações.
Na qualidade de presidente eleito desde maio de 2003, procurarei fazer um resumo do pouco que vivemos no nosso dia a dia. Em 1997, quando fui convidado a participar do COBAT, já existiam algumas associações de amigos de bairros em vários locais da cidade. Ao assumir a presidência, procurei unir essas associações ao COBAT, formando assim um grupo único. Nossas reuniões sempre foram mensais e baseadas no Estatuto Social do COBAT: ao faltar a três reuniões consecutivas ou seis alternadas, o individuo já ficava, como ainda fica, sujeito à exclusão. Chegamos a manter 13 associações de amigos de bairro filiadas ao COBAT, associações que na verdade abrangiam mais de 20 bairros. Ao constatarmos que existia certo desinteresse por parte de algumas das diretorias participantes, optamos pela exclusão desta ou daquela. Hoje, outubro 2016, temos apenas o COBAT, que de uma forma ou outra vem trabalhando por toda a cidade, desde que contatado por um cidadão sobre determinado problema que ocorre no seu bairro, problema este que deverá ser confirmado.
Em fevereiro de 2006, a pedidos de moradores, criamos a Associação de Amigos do Bairro Rio das Pedras, bairro este para o qual conseguimos levar água da Sabesp, luz para a frente das quatro igrejas ali existentes, construção de várias lombadas na estrada, brigamos pela instalação de caixa postal e linhas telefônicas, que não foram instaladas devido a complicações para tal.
Em 2007, passamos a cobrar da Municipalidade a instalação de uma central de hemodiálise em Tatuí. Na época, houve muita controvérsia quanto à instalação, uma vez que alguns médicos lotados na prefeitura se mostravam contrários. Na época, o secretario da Saúde, o finado sr. Julio Inácio Villa Nova, apoiava nossa iniciativa. Os anos se seguiram, cobranças muitas, mas como diz o ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, tanto que, provavelmente em janeiro 2017 estará sendo inaugurada a central de hemodiálises em Tatuí. Aí então estaremos pondo um ponto final no sofrimento de vários cidadãos tatuianos que em dias alternados viajam a cidades vizinhas para submeter-se ao tratamento.
Em 2008, tomamos conhecimento de que moradores do bairro Santa Adelaide, após terem saído de suas residências, ao retornar às mesmas eram e ainda são obrigados a pagar um pedágio, hoje no valor de R$ 10,80, passamos a cobrar do Governo Estadual – Artesp e CCRSPvias a construção de um dispositivo na altura do km 126,400m, cobranças até hoje ignoradas.
Anualmente, emitimos por volta de 400 a 450 ofícios, cobrando melhorias para o município, oficios estes às vezes feitos com três ou quatro cópias, que após protocolados são enviados às diversas secretarias municipais.
Em novembro de 2011, em nossa reunião mensal, recebemos algumas pessoas, pacientes e familiares de pacientes de hemodiálise nos solicitando cobrarmos da municipalidade a instalação de uma central em Tatuí. Começamos uma grande movimentação, estivemos na câmara, mantivemos contato com o SUS, enfim passamos às cobranças que finalmente deram o fruto desejado.
Muitos pedidos foram atendidos, outros continuam pendentes. Em 2012, o então prefeito cedeu a um cidadão autorização para usar área publica tombada para instalação de comércio. Logo depois, outros comerciantes ali se estabeleceram . Sendo tombada, essa área pertence ao patrimônio público, e como tal nada pode ser feito ali, a não ser melhoramentos que não alterem sua composição física Infelizmente parece que vivemos na época dos coronéis, ou seja, quem pode mais chora menos e assim desde 2012, saiu um administrador, outro assumiu e dentro de meses teremos outro assumindo, mas certamente a situação continuará a mesma, ou seja, aquela área tombada continuará sendo explorada por comerciantes e o seu tombamento continuará ignorado. Em 2012 cobramos vários setores, indagando quem havia autorizado essa invasão, até que chegou ao nosso conhecimento o Decreto Municipal 13.528/12 de 26/11/11, que punha por terra a Lei de tombamento de 1.997. Nos anos que se sucederam, outras áreas públicas foram e continuam sendo invadidas, inclusive vielas que ligam duas ruas, mas sem que providência alguma seja tomada, ou seja, mantivemos contato com a fiscalização municipal, mas nada adiantou. Houve anos em que os membros do COBAT, atendendo solicitação da vigilância sanitária, se dispuseram a aplicar vacinas em cães no posto de Vila Brasil. Por alguns anos demos esse apoio à municipalidade até sermos dispensados.
Em 1999, o governo estadual decidiu pela duplicação da SP-127 que liga Tatuí a Itapetininga. Melhorias à vista, no entanto, essa duplicação além de dividir grandes áreas rurais, fechou o acesso a outras. Exemplos: Fragas e Santa Adelaide. Antes da duplicação, seguindo pela Via Benedito Faustino da Rosa (que passa defronte do Fórum,) atravessando a SP-127, o individuo já estava no bairro. Hoje, para ir aos Fragas o cidadão deve acessar a pista pelo trevo do São Cristóvão e rodar 2,5 km.. Para retornar à cidade, deve seguir pela SP-127 até o viaduto da Tavex, na altura do km 118. Além disso, essa mesma duplicação fechou o acesso que moradores tinham ao bairro de Santa Adelaide. Hoje, quando o morador daquele bairro quer vir à cidade, basta acessar a pista, no entanto, para retornar à sua casa, deve passar pelo posto de pedágio, fazer o retorno bastante perigoso, pagar a taxa de pedágio, para chegar em sua casa. Um absurdo, onde está o direito de ir e vir? O COBAT vem trocando correspondências com o governo estadual e CCR-SPvias sobre criação de um dispositivo na altura do km 126,400 (entrada do bairro Santa Adelaide), tratativas infrutíferas. No inicio deste ano foram publicadas fotos mostrando o prefeito mais outros políticos informando estarem saindo da Artesp após acordo para criação de um túnel com 2,50 mts x 2,50 mts. Através e-mail ao COBAT a CCR informa não existir projeto algum para aquela região. Estamos preparando documentação para retomar as cobranças a respeito.
Cobramos fechamento de buracos, poda e supressão de árvores, iluminação e reparos na fiação elétrica quando necessário, plantio e conservação de mudas de árvores, reclamações sobre falta de atendimento ao idoso e portador de necessidades especiais, problemas relacionados ao trânsito, cobramos melhorias à saúde e educação. O COBAT é formado por voluntários, sem finalidade financeira, sem credo religioso, apolítico-partidário cuja meta é servir de elo entre o cidadão e os órgãos públicos na reivindicação de benefícios à comunidade. Suas reuniões acontecem sempre na segunda segunda-feira do mês, a partir das 19,45h na Via Roque Giovanni Adão Bertin, 609 – Logo após a Delegacia de Policia Civil.
Resumindo, fizemos muitos pedidos, cobramos muito e em parte temos sido atendidos. Existe a demora, existe sim o pouco caso, mas existe também a nossa persistência nas cobranças que faz com que sejamos atendidos nas reivindicações. Participando do COBAT você estará ajudando a municipalidade a tornar a nossa cidade um local melhor para vivermos, independentemente de política ou politicagem barata. Venha trabalhar conosco, participe, apenas uma reunião de duas horas ao mês que ajudarão você a cooperar para a transformação de uma Tatuí mais aconchegante, mais tranquila, mais acolhedora.
COBAT – 24 ANOS DE BONS SERVIÇOS PRESTADOS À CIDADE TERNURA
ANTÔNIO DE PÁDUA OLIVEIRA
Presidente
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