Prefeitura de Tatuí – Evandro Ananias |
Uma semana após fim da requisição, hospital começa processo de abertura e captação de recursos
Uma semana depois do fim da requisição, a Santa Casa de Misericórdia de Tatuí assinou seu primeiro convênio. As tratativas com a Coopus Planos de Saúde evoluíram rapidamente e as formalidades de assinatura aconteceram já nesta quinta-feira, 19, em evento realizado na sala de reuniões do próprio hospital que reuniu autoridades, médicos e funcionários.
Participaram do encontro o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, a provedora da entidade, Vera Lúcia das Dores, os vereadores Ronaldo Mota, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Tatuí, Carlos Rubens Avallone Junior e Oséias Rosa, além do diretor da Coopus, Arlei Antônio.
A empresa, que tem sede em Campinas, atua no mercado desde 1993 e conta com uma rede de cobertura de 70 hospitais, 200 clínicas e mais de 1500 médicos. A Coopus se comprometeu a doar 40% dos primeiros mil contratos para a entidade. “Foi uma batalha que travamos há muito tempo, para oferecer mais saúde à população e ao mesmo tempo garantir receita extra para nossa Santa Casa”, lembrou Ronaldo Mota.
Já Avallone parabenizou o prefeito por ter assumido a gestão da Santa Casa, no momento da mais grave crise da sua história. “Parabéns Manu, nós estamos aqui hoje porque você teve a coragem de requisitar a Santa Casa, se não estivesse feito, as portas do hospital estariam fechadas. Parabéns por ter mostrado desprendimento e devolvido à gestão para a Provedoria no momento certo para que a Santa Casa possa se abrir para receber novos convênios, doações, pacientes particulares e, por consequência, investimentos”, argumentou o vereador, que também é médico ginecologista e obstetra.
Com a requisição, essas operações não eram permitidas e o município deveria arcar exclusivamente com todas as despesas, tendo como respaldo apenas os repasses do SUS (Sistema Único de Saúde).
Parcerias como essa, com a Coopus, que devem ser estendidas também a outras bandeiras e ao Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), projetam receita extra, no prazo de um ano, de aproximadamente R$ 5 milhões. “A vinda desse novo plano de saúde será muito positiva para Tatuí e para o hospital que com esse convênio passa a ter receita própria, o será possível começar as quitar os débitos acumulados dos últimos anos, pois o repasse que o município faz para o hospital não pode ser utilizado para quitar dívidas e sim apenas para a manutenção do serviço público de saúde, através do SUS”, explicou a provedora Vera Lúcia das Dores.
Manu fez questão de ressaltar que continuará acompanhando de perto a gestão da Santa Casa, cedendo funcionários municipais para auxiliar a entidade. “O município conseguiu em tempo recorde equacionar os problemas administrativos pontuais. Impediu o fechamento da entidade no momento de sua mais grave crise. Regularizou e manteve em dia o pagamento de médicos e funcionários. Avançou ainda em questões estruturais revitalizando o Centro Cirúrgico e criando o Ambulatório de Ortopedia, que conta hoje com serviço de última geração, com equipamento de raio-X digital presente nos mais importantes e prestigiados hospitais do país, como Albert Einstein, Sírio Libanês e Beneficência Portuguesa”, enumerou.
O prefeito destacou ainda que a Santa Casa de Misericórdia de Tatuí receberá em 2016 o maior repasse de recursos de sua história. Serão mais de R$ 22 milhões só este ano.
Os dados comparativos dos anos anteriores mostram a evolução de recursos destinados à Santa Casa. Em 2012, foram apenas R$ 11 milhões. Em 2013, R$ 12 milhões. Em 2014, o primeiro salto, R$ 17 milhões. No ano passado, novo recorde, R$ 20 milhões. E agora, serão R$ 22 milhões ao longo de todo ano, dos quais mais de R$ 6 milhões já foram creditados. A atual administração contabiliza R$ 71 milhões em repasses em quatro anos, ao passo que na gestão anterior, levando se em conta oito anos, apenas R$ 54 milhões foram destinados ao hospital.
Outro ponto detalhe importante é o percentual de investimentos. Enquanto em 2012, o município repassava 30% do valor total ao hospital e o SUS 70%; hoje o valor se inverteu. Assim como no ano passado, em 2016 o município repassará 64%, enquanto o SUS apenas 36%. Nesse comparativo, a atual gestão repassou R$ 42 milhões em quatro anos, enquanto a administração passada apenas R$ 17 milhões em oito anos – mais que o dobro, 147% a mais.
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