Renata Nogueira
Do UOL, em São Paulo
Renata Nogueira/UOL
Da esquerda para a direita, Murilo Mininel, 25, Helder Barbosa, 25, e Matheus Lima, 20, que vieram de Tatuí, no interior de SP, para "tentar a sorte" nos palcos da Virada
Reger uma orquestra em frente ao Theatro Municipal de São Paulo pode parecer um sonho distante para um jovem estudante de música. Mas esta foi só a primeira experiência de Murilo Mininel, que saiu de ônibus de Tatuí - a 130 km de São Paulo - ao lado de mais dois amigos para curtir e tentar a sorte na Virada Cultural de São Paulo.
Murilo, 25, é estudante do 1º ano do Conservatório de Tatuí. Para se formar, ainda faltam seis anos de estudo. "É a primeira vez que eu vejo o Theatro Municipal", ele contava ainda emocionado depois de reger uma orquestra sinfônica. Ao lado dele carregando mais instrumentos estavam os amigos Heider Barbosa, 25, e Matheus Lima, 20.
Murilo conseguiu a oportunidade em uma ação que ocorreu no Happy Hour da Virada. Com uma placa que convocava "um maestro ou uma maestina", o público era convidado a reger (ou pelo menos tentar) uma orquestra sinfônica em uma pequena tenda bem em frente ao Theatro Municipal.
Renata Nogueira
Murilo regendo a orquestra
O estudante do Conservatório de Tatuí se saiu bem e foi bastante aplaudido pelo público de cerca de cem pessoas. A instituição, que fica no interior de São Paulo, é gerida pelo governo estadual e recebe estudantes de 20 estados do país.
Heider Barbosa, 25, também cursa o primeiro ano de música em Tatuí (SP) e aproveitou a oportunidade da Virada para conhecer a cidade de São Paulo. Natural de Dourados (MS), ele resolveu se arriscar com os amigos, que temem que o evento não ocorra mais depois da fusão do Ministério da Cultura com o da Educação.
Matheus Lima, que cursa o segundo ano de música, acompanhava os amigos na aventura. Todos carregavam mochilas com instrumentos. Lugar para ficar em São Paulo? "Não temos. Vamos rodar pelos palcos e tentar uns trocados tocando em algum ponto movimentado."
O objetivo desta primeira de três noites de Virada era assistir ao mestre Arrigo Barnabé, que tocou no recém-reformado Palacete Tereza Toledo. "Taí um músico que todos nossos professores falam, era nossa chance de apreciar. De graça, melhor ainda."
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