Lateral-direito do Flamengo é natural de Tatuí
A contagiante alegria de Rodinei, lateral-direito do Flamengo, reflete a personalidade de um jovem dedicado, lutador e que faz questão de "contaminar" todos a sua volta com otimismo e disposição. Natural de Tatuí, interior de São Paulo, o camisa 2 rubro-negro carrega uma história de superação e muita luta. Aos 24 anos, conserva dois grandes orgulhos: a cidade natal e o Mais Querido.
Não há vídeo da Fla TV que Rodinei não fale com carinho de suas origens ou do privilégio de ser jogador do Flamengo. Ao "colocar" Tatuí no mapa do futebol brasileiro, o lateral conquistou uma legião de fãs do seu humor, futebol e raça, além da curiosidade. Por isso, o Mengão foi até o município de 115 mil habitantes contar essa história.
Superação
O local é o gramado do XI de Agosto, clube local, berço do camisa 2. Adillsinho, Biel e Baratinha, amigos do lateral, autor dos apelidos, relembram orgulhosos e emocionados o caminho do parceiro. Rodinei perdeu o pai assim que nasceu. Pouco tempo depois, a mãe do jogador faleceu. O sofrimento de criança não parou. Aos 10, Rodinei perdeu a avó que o criava até ali. Morando com tios ou tias, se criou ao lado dos amigos, sempre pelo bom caminho.
"O Rodinei poderia ter escolhido o caminho ruim, mas sempre fez questão não só de escolher bons rumos, como contagiar os amigos. Sempre me convidava para ir à igreja nas sextas-feiras. Ele vivia dormindo em casa ou nos meus primos", conta orgulhoso Adilsinho.
Bom aluno e "amigo da onça"
O sorriso, a camaradagem e a brincadeira sempre fizeram parte da vida de Rodinei. Baratinha, amigo próximo, revela que, no colégio, o lateral sempre entregava os colegas que "matavam aula" quando ele não conseguia, mas que era poupado nas ocasiões que ia para quadra jogar bola ao invés de prestar atenção nas matérias. Mesmo assim, focado e bom aluno, Rodinei foi até o final e formou-se no Ensino Médio. Depois, foi correr atrás do sonho: jogar futebol profissionalmente.
Família
Rodinei é adorado pela família da mulher. Obviamente, deu apelido para todos, incluindo os sogros Fábio e Vanessa, conhecidos por ele como "Fabunxo" e "Vanessão". Chegou de mansinho na família, à época ainda lutando para se tornar um jogador bem sucedido. Fábio, o sogro, revela que o genro é bagunceiro e não "perdoa" ninguém.
"Bagunceiro! No final do ano, fomos para um chácara e quando todos dormiam ele passou maquiagem, pasta de dente, em todo mundo. Mas ele é isso, humildade em pessoa", destaca.
Solidariedade e humildade
Farid, amigo da família e do atleta, revela aspectos de Rodinei que são possíveis de imaginar, mas ainda desconhecidos. No final do ano (foto acima), o lateral organizou uma partida de futebol na cidade e arrecadou 600 kg de alimentos. Além disso, faz questão de atender a todos quando está em Tatuí.
"Para os tatuianos é um orgulho ter o Rodinei no Flamengo. Ele leva o nome da cidade a todos. Quando está por aqui, atende todos com humildade e atenção", conta.
A "vingança" dos apelidos
Para Rodinei não sair "impune" na matéria, os amigos revelaram alguns de seus apelidos: "Canela cinza" é o preferido de todos. Adilsino, para finalizar, revela: "Tinha um monte de furúnculo nas pernas", conta aos risos.
Rodinei e toda a equipe do Flamengo seguem em preparação para encarar Vitória e Palmeiras pelo Brasileirão. O Mais Querido enfrenta o time baiano na quinta-feira, 21h, em Volta Redonda. Já o duelo contra os paulistas acontece domingo, 16h, no Mané Garrincha, em Brasília.
Fonte: Site Oficial