Prefeitura de Tatuí – Evandro Ananias |
Prefeitura e Defesa Civil já realizam estudo para reconstrução – Manu se reunirá com Alckmin na segunda para pedir recurso emergencial
O final de tarde de quinta-feira, 10, foi de grandes estragos em todo estado. As chuvas geraram alagamento em Sorocaba. Na Grande São Paulo 15 pessoas morreram. Três das principais rodovias do estado, a SP-332, a Anhanguera e até a Via Dutra ficaram interrompidas devido à queda de barreiras. O Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, foi fechado para pousos e decolagens. Em Tatuí, uma tromba d´água de 27,8 milímetros, em apenas 15 minutos, volume considerado normal para um ou dois dias, derrubou a Ponte do Marapé. A grande enxurrada foi registrada por moradores do bairro. O vídeo logo ganhou as redes sociais e circulou pela internet através do WhatsApp.
Felizmente não houve nenhuma vítima e as residências próximas ao local não correm nenhum risco. Desde então, as equipes da Defesa Civil, Guarda Civil Municipal e Corpo de Bombeiros estão de plantão, enquanto Guarda Civil Municipal e o Departamento de Trânsito se mobilizam para reforçar a sinalização.
Segundo o coordenador regional da Defesa Civil de Sorocaba, major Miguel Ângelo de Campos, a interdição do trânsito em um dos sentidos da via e o isolamento do local, realizado pela Prefeitura há 10 dias, diminuiu o fluxo de veículos e impediu problemas ainda mais sérios. “Felizmente não aconteceu nenhuma tragédia. Graças à interdição parcial da via, o número de veículos pesados foi reduzido e a queda da estrutura não atingiu nenhum veiculo, caso contrário poderia ter sido fatal”, explica.
Assim que soube da notícia o prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, acompanhando do vice-prefeito Vicente Menezes que também é secretário de Infraestrutura, Meio Ambiente e Agricultura, e da equipe da Prefeitura, foram ao local do desabamento. A Casa Militar e a Casa Civil do Estado foram prontamente acionados.
Já na manhã de hoje, a equipe da Defesa Civil do Estado estava em Tatuí para reunir dados técnicos e os prejuízos que a falta desse dispositivo pode trazer ao município, do ponto de vista financeiro, logístico e estrutural. "Na segunda-feira, estaremos no Palácio dos Bandeirantes, junto com o deputado Edson Giriboni, solicitando a liberação emergencial de recursos para essa obra”, declarou Manu.
Interdição / A ponte do Marapé foi interditada de maneira preventiva no dia 29 de fevereiro, após avaliação técnica. Também devido às fortes chuvas, houve uma infiltração de água na base entre a estrutura metálica e a estrutura de concreto. Para dar prosseguimento às obras, os engenheiros solicitaram a contratação de uma empresa especializada, através de processo de licitação que já estava em andamento. “Nessa primeira etapa pudemos avaliar minuciosamente a ponte. Nessas obras não houve nenhum comprometimento estrutural. Mas, devido à falta de manutenção, de anos e anos, o trabalho teria que ser realizado por especialistas. Infelizmente, não houve tempo. A força das águas foi demais”, argumenta o engenheiro João Batista de Camargo.
Histórico / A Ponte do Marapé foi construída e inaugurada em 26 de outubro de 1991 pelo então prefeito Wanderley Bocchi, mas também veio a cair. Em 2000, o acesso foi reconstruído por Ademir Borssato. Porém, desde então, portanto há 16 anos, nenhuma obra de manutenção foi realizada. “Esse é o reflexo de toda cidade. Os sérios problemas estruturais nas pontes e também no asfalto devem-se à falta de manutenção, não de agora, mas de anos e anos. Infelizmente, os governantes que passaram pela nossa cidade não se preocuparam com o trabalho preventivo e hoje enfrentamos esse problema potencializado. Prova disso é que logo no início de 2013, no dia 17 de fevereiro, a ponte da Colina Verde caiu. Nós construímos uma nova e estamos recuperando o outro acesso do bairro, para que não haja desabamentos”, comentou Vicente Menezes.
Trânsito / A queda da Ponte do Marapé exigirá maior atenção dos motoristas. Os veículos leves, carros e motos, devem utilizar o bairro Junqueira (passando pela Rua Gualter Nunes, por exemplo, até a Marginal do Manduca) para sair da cidade; ou Rua Alfredo Orsi (ao lado da Itauto) como alternativa para entrar no município, assim como ruas da Vila Esperança. Já os caminhões estão proibidos de utilizar essas duas opções. Veículos pesados não poderão entrar na Avenida Pompeu Reali. Eles devem procurar o anel viário tanto para entrar, quanto para sair de Tatuí.
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