Vítima foi encontrada na cabeceira da rodovia Castello Branco. Segundo a CNP, outro atleta envolvido no acidente não se feriu.
Do G1 Itapetininga e Região
Paraquedista decolou do Centro Nacional de Paraquedismo, em Boituva (Foto: Bruno Casteletto/ TV TEM)
Um paraquedista morreu após se chocar com um colega em pleno ar e cair na manhã desta sexta-feira (12), em Boituva (SP). Amilton Vieira, de 38 anos, que tinha saído do Centro Nacional de Paraquedismo da cidade, foi encontrado gravemente ferido em uma cabeceira da rodovia Castello Branco (SP-280). Ele foi levado pelos bombeiros ao hospital com parada cardíaca, mas não resistiu e morreu na unidade hospitalar.
Este é o 2º acidente com morte de paraquedistas em 8 meses (Foto: Bruno Casteletto/TV TEM)
De acordo com o presidente do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), Nilson Pereira, o paraquedista, que era experiente e tinha muitas horas de voo, não conseguiu acionar o paraquedas após se chocar no ar durante o salto. A polícia informou que a vítima era moradora de Florianópolis (SC).
"Por motivos desconhecidos, ele bateu no colega durante o salto e acabou caindo. O paraquedas reserva do atleta não foi acionado, porém, não temos informações se ele carregava o equipamento ou se houve falha", afirma.
Armando César Montelli, membro do Comitê de Instrução e Segurança (CIS), ligado à Confederação Brasileira de Paraquedismo, informou que, além de paraquedistas experientes, os equipamentos são certificados.
"Após o acidente, membros do CIS tiveram acesso aos equipamentos utilizados e às imagens em vídeo do salto. Após análise preliminar, observou-se que os paraquedistas realizavam um salto habitual, com deslocamento em alta velocidade, quando acidentalmente se chocaram em queda livre. Ambos perderam a consciência imediatamente, sendo os paraquedas abertos automaticamente por um dispositivo específico e obrigatório no Brasil. Infelizmente, um deles não resistiu a gravidade do choque, tendo o outro sofrido apenas ferimentos leves", informou Armando.
Ainda segundo ele, um relatório definitivo está sendo confeccionado e deve ser emitido nos próximos dias. As atividades no centro estão paralisadas nesta sexta-feira e o caso será investigado pela polícia.
Centro Nacional de Paraquedismo de Boituva (Reprodução/TV TEM) |
Acidente parecido / Em 19 de junho de 2015, o paraquedista Cláudio Knippel, de 45 anos, também morreu após se chocar com outro atleta em queda livre em Boituva. Segundo o presidente do CNP, Nilson Pereira, a vítima bateu em outro paraquedista em queda livre, desmaiou, não conseguiu acionar o equipamento e morreu na hora.
Knippel era "um dos melhores do país e contribuiu para avanços no esporte", segundo esportistas ouvidos pelo G1 e que, abalados, não quiseram dar entrevistas na época. O atleta era especialista na modalidade freefly, que é uma das mais rápidas do país, segundo Pereira. O salto ocorreu a 12 mil pés de altura. O outro paraquedista envolvido não sofreu ferimentos, afirma Pereira.
Knippel morava em São Paulo (SP), tinha um escritório de advocacia em Mogi das Cruzes (SP), era casado e deixa dois filhos.
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