Dione Batista (PDT), de Tatuí, cometeu crime em 2012, diz processo. Câmara têm até 19 de março para decisão ou responderá por improbidade.
Do G1 Itapetininga e Região
O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do vereador Dione Batista (PDT), de Tatuí, que foi detido com arma de fogo na própria casa. Segundo o processo, o crime foi cometido em 2012 e o julgamento no fim de 2013. Porém, só em 18 de fevereiro deste ano é que o órgão enviou à Câmara uma carta pedindo para que os vereadores votem em plenário pelo fim do mandato. Assessores do parlamentar informaram que Batista sofre problema de saúde e só se pronunciará após liberação médica. (Foto: Reprodução/ TV TEM)
A promotora eleitoral responsável pelo caso, Luciana Andrade Maia, afirma que a recomendação foi feita para que o Legislativo saiba do caso. Segundo ela, o motivo pela demora foi que só este ano ela ficou ciente da situação.
"A esfera criminal e a eleitoral são órgãos diferentes e a comunicação não é automática. Além disso, no período das eleições, quando ele assumiu em 2012, o caso ainda não estava julgado. Por isso chegou ao meu conhecimento agora", afirma.
No documento enviado à Câmara, Luciana ainda indaga sobre Batista ser integrante da diretoria do Legislativo. “É incompreensível o fato do condenado ocupar, atualmente, a Mesa Diretora da Casa Legislativa”, escreve na carta.
A Câmara de Tatuí tem até 19 de março para fazer a votação. A decisão tem que ser tomada por maioria absoluta. Caso a Câmara não cumpra o prazo, os vereadores podem responder por improbidade administrativa. "Vamos aguardar a decisão do Legislativo. Se os vereadores negarem a cassação, vamos analisar se são válidos os argumentos", ressalta.
De acordo com os assessores do vereador, ele está se recuperando e afastado das atividades na Câmara para se tratar de um problema de saúde. A assessoria de Batista informou ainda que ele deve continuar de licença pelos próximos 20 dias e que só vai se pronunciar sobre o caso após a liberação médica. Não há informações se Batista cumpriu a pena de pagamento de cestas básicas e serviços comunitários pelo crime cometido.
Posição da Câmara / Durante sessão desta terça-feira (23), a equipe da TV TEM questionou a presidência da Câmara sobre a recomendação do MPE. O presidente, Wladimir Faustino Saporito (PROS), disse que falaria sobre o caso, mas ao fim da sessão foi embora alegando uma emergência médica, pois é médico também. Já a vice-presidente, Rosana Nochele Pontes (PROS), foi embora sem conceder entrevista.
O vereador Antônio Marcos de Abreu (PP), integrante da Mesa Diretora, aceitou falar sobre o caso. Segundo ele, por enquanto não há previsão para a votação, pois o pedido da Justiça ainda está sendo analisado pelo setor jurídico da Câmara. “O Ministério Público deu um prazo de trinta dias, mas o mais rápido possível, quando o jurídico apresentar essas informações, a mesa tomará as devidas providências”, conclui. (Foto: Reprodução/ TV TEM)
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