Antônio de Pádua Oliveira |
Ao contrário de anos anteriores, quando havia falta de chuvas, consequentemente falta de água, naqueles períodos em que as represas chegaram ao nível mínimo nas regiões sudeste e sul, enquanto no norte e nordeste o liquido precioso desaparecia normalmente, o ano de 2.016 começou com grande quantidade de chuvas. Toda tarde temos aquela chuva de verão, um dia em quantidade maior, outro mais leve, mas o importante é a água desce dos céus. Entretanto, este grande volume de água deixa muita gente preocupada, preocupada porque surgem os desmoronamentos de morros que descem trazendo junto moradias, e às vezes pessoas.
Nossos governantes têm conhecimento desse problema, problema este para o qual buscam solução apenas na época do ocorrido. Defesa civil deveria agir durante todo o ano, mas isso não acontece, ela aparece na ocasião dos grandes desastres. Felizmente em Tatuí praticamente não temos deslizamentos e se acontecerem serão raros, mas pelo contrário, temos enchentes. Enchentes que todo ano acontecem trazendo dissabores aos moradores ribeirinhos isto porque passada a época das chuvas as providências que deveriam ter sido tomadas são transferidas para o próximo período de chuvas, para a próxima e esperada enchente.
Atualmente, os moradores dos locais próximos a rios têm duas preocupações, uma delas é com as enchentes que invadem suas casas, destruindo móveis, estragando mantimentos e outros bens materiais, a segunda preocupação aparece depois que passadas as chuvas. Em algumas partes a água escorre, evapora, mas em outros locais mais úmidos ela permanece empoçada e é essa água que deixa o cidadão preocupado, preocupado porque tem receio que aquela poça se torne um criadouro do mosquito que transmite o zika vírus e que está trazendo problemas ao planeta. Segundo informações que obtive na Secretaria de Saúde de Tatuí, o mosquito não deixa seu ovo em folhas de capim ou mato, mas apenas nas bordas de algum objeto limpo. Alguns dias depois esse ovo cai na água limpa e se transforma na larva que é um mosquito recém-nascido. Portanto os moradores ribeirinhos não precisam se preocupar com as poças de água ao redor de suas casas, mas sim vigiar que objetos não permaneçam dentro delas, nem mesmo uma tampinha de garrafa.
Antônio de Pádua Oliveira é presidente do COBAT - Conselho de Bairros de Tatuí
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