Doces de abóbora, batata e cidra viram patrimônio cultural e gastronômico (Foto: Reprodução/ TV TEM) |
Do G1- Abóbora, batata branca, batata roxa e cidra dão nome e sabor ao mais tradicional doce de Tatuí, o ABC, que é vendido e faz sucesso há 49 anos. Para orgulho de quem produz a sobremesa, o doce recebeu o título de patrimônio cultural e gastronômico por meio de lei municipal sancionada em 5 de outubro. “Ele é um doce quase caseiro, um doce da vovó. A gente gosta de consumir porque nos traz lembranças da infância”, comenta a empresária Ângela Fogaça.
Em uma fábrica da cidade são vendidos semanalmente de 100 a 200 quilos do doce, número que representa 50% do que é comercializado na cidade, diz a empresa. Para o dono da fábrica, Antônio Rocha Lima Neto, é uma satisfação manter uma herança que vem de família. “É muito gratificante porque a pessoa vem, come e leva pros outros. Eu acho isso muito importante”, diz satisfeito.
Em outra doceria da cidade o trabalho é feito há gerações. Há 29 anos o doceiro Antônio Carlos de Almeida Rosa montou empresa e desde então o ABC é um dos lideres de venda. “O pessoal até reclama e fica bravo se não tem. Toda semana a gente faz e entrega, porque nossos clientes não ficam sem”, conta.
A fama do ABC é tão grande que pessoas de outras cidades já passam por Tatuí só por ela. A aposentada Domingas Rodrigues e a filha dela, a enfermeira Ana Lúcia Rodrigues, são prova disso. Elas moram em São Paulo, mas sempre que podem passam pela cidade em busca do famoso doce.
“É tradicional. Eu vinha desde pequena e quando a gente passa por Tatuí sempre pega um doce para levar para a casa”, comenta a enfermeira. “Sempre tem uma pessoa amiga que gosto de presentar com os docinhos”, afirma Domingas.
E engana-se quem acredita que o preparo da sobremesa é difícil. Para a doceira Neuza de Fátima Moraes, a receita é bem simples. “Primeiramente a gente descasca a batata e cozinha ela. Em seguida vai para o taxo, sempre adicionando açúcar e acompanhando o ponto da batata. Depois fica secando de um dia para o outro na estufa e já está pronto para consumir, sequinho”, conclui.
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