'QR Codes' em túmulos trazem informações sobre homenageados (Foto: Arquivo Pessoal/ Jefferson Biajone)
Alunos da Faculdade de Tecnologia (Fatec) em Itapetininga (SP) instalaram “QR Codes” (sigla do inglês ‘Quick Response Code’, ou Código de Resposta Rápida em português) em túmulos de três ex-combatentes que estão enterrados no cemitério da cidade. Com qualquer aplicativo de celular que lê o código de barras, os visitantes do cemitério podem ver fotos e a biografia dos personagens que lutaram na Segunda Guerra Mundial e na Revolução de 1924, 1930 e 1932.
Objetivo é que 'QR Code' em túmulo atraia atenção
(Foto: Arquivo Pessoal/ Jefferson Biajone)
“É um orgulho muito grande ter o nome do meu pai envolvido em um projeto inédito na região, acho que até no país”, comenta Afrânio Franco de Oliveira Mello, filho de Antenor de Oliveira Mello Júnior, soldado que lutou na Revolução Constitucionalista de 1932.
Estudantes e professores de disciplinas do Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas trabalharam no projeto de iniciação científica desde março deste ano. A ação teve apoio do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico deItapetininga (IHGGI), o Núcleo MMDC de Itapetininga, o Museu da Imagem e do Som (MIS) e o Portal dos Ex-Combatentes de Itapetininga, entidades cívico-culturais que objetivam resgatar a memória e os feitos de cidadãos do município.
Afrânio Mello é filho de ex-combatente e ressalta
orgulho (Foto: Arquivo Pessoal/ Jefferson Biajone)
Para o aluno Sergio Peiretti, o objetivo é tornar a história desses personagens mais interessantes com tecnologia acessível. “Até mesmo o coveiro do cemitério, quando viu os códigos, pegou o celular para ver. Ele ficou alguns minutos lendo e impressionado por ver algo assim em um cemitério. Espero que a mesma reação aconteça com todos os que visitam o cemitério, já que quase todo mundo tem smartphone atualmente e muitos têm leitor de QR Code”, ressalta.
Além do soldado Antenor de Oliveira Mello Júnior, foram homenageados o capitão Francisco Fabiano Alves, que lutou nas revoluções de 1924, 1930 e 1932; e José Ribamar de Montello Furtado, que foi 1° tenente da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Os três sobreviveram às batalhas e morreram anos depois dos confrontos.
Para o Dia de Finados, na próxima segunda-feira (2), os estudantes também irão oferecer cartilha aos visitantes com o trajeto para a visitação de todos os 15 combatentes enterrados no cemitério. “Esse é só o começo para que todos tenham suas histórias contadas nesse projeto”, conclui Afrânio Franco de Oliveira Mello.
Francisco Alves (esq.); Antenor Mello Jr. (centro) e José Furtado (dir.) (Foto:Arquivo Pessoal/Jefferson Biajone)
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