Envolvidas no caso foram à delegacia de Tatuí e ficaram presas (Foto: Cláudio Nascimento/ TV TEM) |
Eles e uma irmã, de 4, viviam com 'mãe adotiva' em chácara de Tatuí.
Do G1- Os três irmãos de 7, 8 e 11 anos que disseram ser espancados com cordas e tiras de borrachas e ficar presos por horas em um “quarto da tortura”, em Tatuí, “eram obrigados pela ‘mãe adotiva’ a ficar de joelhos sobre grãos de milho como forma de punição”, segundo a conselheira tutelar Fabiana Cristina Campos. “Os castigos ocorriam por motivos fúteis, como quando um dos meninos fizesse algo de errado, por exemplo, ou uma discussão entre eles. Eram ‘correções’ que diminuem o desenvolvimento ao invés de favorecer”, afirma.
Os meninos viviam com uma irmã de 4 anos (que não apanhava, segundo a conselheira) na casa da mulher desde 2012, em uma chácara no Bairro Guarapó, zona rural de Tatuí. O caso foi descoberto na sexta-feira (18), quando a própria mãe biológica denunciou.
“O menino de 8 anos brigou na escola na quinta-feira (17) e a direção chamou a mãe adotiva para contar o caso. Ao voltar para casa, essa criança apanhou e ficou cerca de duas horas presa no quarto. Na sexta-feira, ele faltou à escola devido aos roxos no corpo, por isso, a mãe biológica descobriu. Ela conversou com filha da agressora que a agrediu e depois bateu no menino e voltou a deixá-lo trancado por horas durante a tarde de sexta. No fim da tarde é que houve a denúncia. Quando encontramos o menino, as costas estavam pretas de tantos hematomas”, explica Fabiana.
Os meninos viviam com uma irmã de 4 anos (que não apanhava, segundo a conselheira) na casa da mulher desde 2012, em uma chácara no Bairro Guarapó, zona rural de Tatuí. O caso foi descoberto na sexta-feira (18), quando a própria mãe biológica denunciou.
“O menino de 8 anos brigou na escola na quinta-feira (17) e a direção chamou a mãe adotiva para contar o caso. Ao voltar para casa, essa criança apanhou e ficou cerca de duas horas presa no quarto. Na sexta-feira, ele faltou à escola devido aos roxos no corpo, por isso, a mãe biológica descobriu. Ela conversou com filha da agressora que a agrediu e depois bateu no menino e voltou a deixá-lo trancado por horas durante a tarde de sexta. No fim da tarde é que houve a denúncia. Quando encontramos o menino, as costas estavam pretas de tantos hematomas”, explica Fabiana.
O 'quarto da tortura'
De acordo com a conselheira tutelar, o “quarto da tortura” era sujo, mal ventilado e usado para guardar ferramentas agrícolas. O espaço ficava nos fundos da casa onde, além da mãe e filha suspeitas, viviam outras pessoas. “Na casa onde viviam as crianças e as agressoras havia ainda outros quatro casais. É uma casa grande, mas com visível falta de higiene. Na mesma área também há outras residência com moradores. Mas não chegamos a contar quantas pessoas vivem no mesmo terreno, porque não interfere no caso”, diz.
A mãe biológica deu os filhos sem autorização judicial, alegando falta de condições para cuidá-los. “Ela é uma pessoa sem instrução e estudos. Contou que deu as crianças porque a mulher se dispôs a cuidar delas e também para que ela pudesse trabalhar. Quando foi presa, nenhum familiar veio acompanhar, somente o atual companheiro dela. Falta tanta instrução que ela está com barriga de gravidez, mas não tem certeza se está.”
Abrigo municipal
As crianças, que são de pais diferentes, foram encaminhadas a um abrigo municipal. Ainda segundo a conselheira, a menina foi separada e levada para uma casa que cuida apenas de garotas. “O Conselho Tutelar enviou representação à Justiça, que vai estudar qual o melhor destino aos irmãos. Como não há família da parte paterna, ainda não sabemos se as crianças serão entregues à família materna ou ficarão para adoção.”
A “mãe adotiva”, de 44 anos, e a filha dela, de 21 anos, foram presas por crimes de tortura e cárcere privado. Já a mãe biológica, de 30 anos, ficou presa por abandono de incapaz. Elas vão responder por documento falso e falsidade ideológica. As três foram encaminhadas para a cadeia de Cesário Lange (SP).
De acordo com a conselheira tutelar, o “quarto da tortura” era sujo, mal ventilado e usado para guardar ferramentas agrícolas. O espaço ficava nos fundos da casa onde, além da mãe e filha suspeitas, viviam outras pessoas. “Na casa onde viviam as crianças e as agressoras havia ainda outros quatro casais. É uma casa grande, mas com visível falta de higiene. Na mesma área também há outras residência com moradores. Mas não chegamos a contar quantas pessoas vivem no mesmo terreno, porque não interfere no caso”, diz.
A mãe biológica deu os filhos sem autorização judicial, alegando falta de condições para cuidá-los. “Ela é uma pessoa sem instrução e estudos. Contou que deu as crianças porque a mulher se dispôs a cuidar delas e também para que ela pudesse trabalhar. Quando foi presa, nenhum familiar veio acompanhar, somente o atual companheiro dela. Falta tanta instrução que ela está com barriga de gravidez, mas não tem certeza se está.”
Abrigo municipal
As crianças, que são de pais diferentes, foram encaminhadas a um abrigo municipal. Ainda segundo a conselheira, a menina foi separada e levada para uma casa que cuida apenas de garotas. “O Conselho Tutelar enviou representação à Justiça, que vai estudar qual o melhor destino aos irmãos. Como não há família da parte paterna, ainda não sabemos se as crianças serão entregues à família materna ou ficarão para adoção.”
A “mãe adotiva”, de 44 anos, e a filha dela, de 21 anos, foram presas por crimes de tortura e cárcere privado. Já a mãe biológica, de 30 anos, ficou presa por abandono de incapaz. Elas vão responder por documento falso e falsidade ideológica. As três foram encaminhadas para a cadeia de Cesário Lange (SP).
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