quinta-feira, 3 de setembro de 2015

'Dava a vida por ele', diz prima sobre idosa morta pelo filho em Tatuí

Mulher de 68 anos foi achadada enterrada na frente
da casa onde vivia (Foto: Reprodução/ TV TEM)
Corpo da vítima foi encontrado no quintal da chácara em que vivia.
Pena para o autor do crime pode chegar a 30 anos de prisão.


Do G1- O assassinato da aposentada Maria Inês Tezotto, de 68 anos, chocou a família em Tatuí. O corpo dela foi encontrado na tarde de quarta-feira (2), seis dias após seu desaparecimento, enterrado no gramado em frente à varanda da chácara em que ela vivia com o filho, que confessou o assassinato.

A prima da vítima, Marta Zanetti, diz que já suspeitava que o filho da idosa pudesse ter envolvimento no crime. “Ele não teve em nenhum momento um sentimento de busca, de localizar ela, de fazer qualquer coisa. Ele é cínico, uma pessoa completamente fria, desumana. Isso é droga, uma pessoa sem coração, porque essa mãe dava a vida por ele”, afirma, consternada.

O filho da idosa, José Fernandes de Oliveira, de 35 anos, chegou a dar uma entrevista à reportagem da TV TEM horas antes do corpo ser encontrado. Na entrevista ele falou sobre o sofrimento que passava e chegou a dizer que “não existia crime perfeito” e que “o que mais queria é encontrar a mãe”.

O sobrinho Jaime Soares Pereira foi uma das pessoas que acharam o corpo. Ele se diz chocado pelo crime e pela brutalidade. “A gente percorreu toda a região no fim de semana, e hoje um pessoal mais ‘inspirado’ conseguiu encontrar. É triste, muito triste”, lamenta.

Maria Inês vivia em uma chácara no Bairro Barreiro Rico, vila que fica no limite entre a cidade e Cerquilho. A aposentada estava desaparecida há seis dias quando foi encontrada por parentes e vizinhos que ajudaram a escavar o local em que o corpo havia sido escondido. Segundo a Polícia Civil, a atitude dos cães dela, que rodeavam a área a todo instante, ajudou nas buscas pela vítima.

O delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) Victor Hugo Siqueira, responsável pelo caso, revela que o corpo da vítima estava com as mãos amarradas e enrolado em um lençol com uma corda em volta. “Ele [o filho] não soube recordar a data, mas informou que teria chegado em casa e discutido com a idosa. Após isso, o suspeito passou a agredi-la no quarto. Somente depois que o efeito das drogas e da bebida passou que ele foi perceber que havia matado a própria mãe”, descreve.

Segundo o delegado da DIG, José Fernandes Oliveira foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O tempo da pena estimado para o autor pode chegar a 30 anos de prisão.

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