De O Progresso de Tatuí, editado pelo DT
O primeiro projetor planetário fabricado inteiramente no Brasil fica em Tatuí. Mais precisamente na Asseta, na rua Professor Oracy Gomes, 665, na vila Primavera. O equipamento tem oito metros de diâmetro e 6,20 metros de altura central e, apesar da tecnologia, continua desconhecido de boa parte dos tatuianos. Mudar esse panorama é a missão do professor Wilson Rodrigues da Silva. Ele é responsável pela realização das sessões do Planetário de Tatuí e quer intensificar a temporada de visitas neste ano. Em 2015, o espaço completou 15 anos de funcionamento, somando eventos que destacam a astronomia.
Wilson é professor de física e, desde o início do ano, está encarregado das sessões. Elas costumam ter duração de 20 e 50 minutos e abordam diversos temas, como viagem pelo sistema solar, passeio pela superfície da terra e observação do céu. Os assuntos dependem da idade do público (que engloba crianças de pré-escolas e adultos) e da linguagem que se pretende utilizar. Em geral, ao término da “viagem espacial”, o professor realiza um bate-papo com os participantes. O momento serve para esclarecimento de dúvidas.
Chamado de “máquina didática”, o Planetário de Tatuí usa tecnologia desenvolvida no município e comercializada em todo o Brasil. A ideia surgiu com a adaptação de um equipamento, em 1999, para atender planetários móveis. Na época, a máquina que deu início às atividades do espaço possuía recursos limitados – projetava apenas mil estrelas. Buscando aprimorá-la, Luis Antonio Alves Marino realizou uma série de alterações, que, mais tarde, resultaram na produção de um equipamento que começou a ser vendido em 2004.
Atualmente, existem mais de 30 equipamentos iguais ao do Planetário de Tatuí. Eles estão instalados em universidades e usados para estudos e pesquisas.
Na cidade, o equipamento também é usado para as sessões que devem, a partir deste ano, ganhar divulgação maciça. A ideia é expandir para uso por parte da população e deixá-lo “mais aberto ao público”. O único ponto que pode “causar ruídos” nessa proposta diz respeito ao custo de manutenção. Para poder manter o planetário acessível, os responsáveis precisam cobrar ingresso. As sessões têm custo de R$ 150, podem receber até 50 pessoas, integrantes de grupos ou não, e precisam ser agendadas. Outro fator a ser considerado é a idade do público. Por conta de o material ser gravado, o recomendado é que apenas crianças acima de sete anos de idade participem das sessões. “Para atender a um público com idade menor, precisaríamos montar outra sessão, mais curta, mas cansativa”, argumentou Wilson.
Atualmente, as sessões são realizadas às quartas, quintas e sextas. O agendamento é feito via e-mail planetario@objetivotatui.com.br, ou pelos telefones 3251-1573 e 99824-6555. O planetário está aberto a visitações de grupos escolares, entidades e instituições.
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