Diretores da entidade filantrópica participaram na manhã desta quinta-feira (16) de uma entrevista coletiva para explicar sobre a crise e a redução no atendimento da Santa Casa. A provedora da instituição, Nanete de Lima, afirma que há defasagem no repasse do Sistema Único de Saúde (SUS) do governo federal.
“É praticamente o mesmo valor há uma década. Este ano ainda terminou o convênio com o hospital particular da Unimed, que pagava por atendimentos à Santa Casa em torno de R$ 300 mil mensais. Enquanto isso, o preço de manutenção como combustível para ambulâncias, água, luz e alimentação estão maiores”, ressalta Nanete.
Para tentar superar o déficit enfrentado pela Santa Casa, a entidade ainda não pode contar com ajuda financeira dos governos federal ou estadual porque não foram pagos impostos trabalhistas como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o que resultou na falta da Certidão Negativa de Débitos (CND). “A Santa Casa não pode oferecer o atendimento adequado à população porque está devendo ao mesmo governo que é responsável pela saúde da população”, comenta Prior.
Ainda segundo Prior, o pagamento dos funcionários e 70% do salário dos médicos estão sendo quitados, estando em falta contas de fornecedores e impostos. Porém, a Santa Casa não corre risco de fechar as portas, diz ele.
“A direção está tentando fazer convênios, fazendo planos para manter os trabalhos. A partir de agosto a esperança é receber alguma verba da Câmara. Fora isso, a Santa Casa sobrevive com doações dos moradores e entidades públicas como igrejas”, finaliza Prior.
(Foto: Reprodução / TV TEM)
Nenhum comentário:
Postar um comentário