Ele desmaiou e não acionou equipamento, diz presidente do CNP.
Claudio Knippel, de 45 anos, era 'um dos melhores do país', diz amigo.
Paraquedista morreu em acidente em queda livre nesta sexta em Boituva (Foto: Reprodução/ Facebook)
Do G1 - O paraquedista Cláudio Knippel, de 45 anos, morreu ao saltar de paraquedas na tarde desta sexta-feira (19) do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), em Boituva (SP), segundo o presidente da associação de paraquedismo e diretor do CNP, Nilson Pereira. Ainda de acordo com ele, a vítima bateu em outro paraquedista em queda livre, desmaiou, não conseguiu acionar o equipamento e morreu na hora. Segundo Pereira, a vítima caiu em um canavial que fica a um quilômetro do CNP. O acidente aconteceu por volta das 15h, afirma o Corpo de Bombeiros. A polícia vai apurar a causa da falha no paraquedas de emergência.
Knippel era "um dos melhores do país e contribuiu para avanços no esporte", segundo esportistas ouvidos pelo G1 e que, abalados, não quiseram dar entrevistas. Ele é especialista na modalidade freefly, que é uma das mais rápidas do país, segundo Pereira. O salto ocorreu a 12 mil pés de altura. O outro paraquedista envolvido não sofreu ferimentos, afirma Pereira.
O número de pessoas que participava do salto ainda é desconhecido, mas o diretor do CNP explica que normalmente ocorre com um grupo de cinco pessoas. “No avião vão cerca de 12 pessoas. Só que elas saltam em momentos diferentes de acordo com o tipo de salto que vão realizar. No caso o Claudio estava fazendo um salto freefly, que geralmente vai até cinco atletas.”
Knippel morava em São Paulo (SP), tinha um escritório de advocacia em Mogi das Cruzes (SP), era casado e deixa dois filhos. O corpo já foi retirado do local e será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba (SP).
Há três anos
O último acidente de paraquedista com morte em Boituva ocorreu em 9 de julho 2012, quando Alex Adelmann, de 33 anos, foi atingido em queda livre pelo próprio avião em que saltou. A vítima morreu devido a um traumatismo craniano. Outros dois paraquedistas que faziam um salto duplo também foram atingidos e sofreram fraturas nas pernas.
Somente dois anos após o acidente, em 2014, é que o inquérito policial foi concluído. O processo indiciou o piloto da aeronave, Douglas Leonardo de Oliveira, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Paraquedista fazia saltos no estilo freefly, um dos mais rápidos da modalidade (Foto: Reprodução/ Facebook)
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