terça-feira, 21 de abril de 2015

Raiva e ansiedade intensas disparam ataque cardíaco


Os dados revelaram que os episódios de ansiedade podem ser piores do que os ataques de raiva, tornando as pessoas ainda mais propensas a ter um ataque cardíaco. [Imagem: Thomas Buckley et al. - 10.1177/2048872615568969]

Diário da Saúde - A raiva é uma emoção estranha, que desafia os modelos explicativos elaborados pelos cientistas.

Mas seus efeitos podem ser mais radicais do que os de qualquer outra emoção - como seria de se esperar, no sentido negativo.

O risco de um ataque cardíaco é 8,5 vezes maior não apenas no momento do ataque de raiva, mas se estendendo pelas duas horas seguintes a uma explosão de raiva intensa.

"Nossos resultados confirmam o que tem sido sugerido por estudos anteriores e pelos ditos populares, presentes inclusive em filmes - que os episódios de raiva intensa podem funcionar como um gatilho para um ataque cardíaco," disse o Dr. Thomas Buckley, da Universidade de Sidney (Austrália).

Gatilhos da raiva

Os pesquisadores qualificaram a raiva como uma nota 5 ou maior em uma escala de 1 a 7 cujos itens são:

muito irritado
corpo tenso
cerrando os punhos ou os dentes
pronto para estourar
enfurecido
fora de controle
arremessando objetos.

Uma raiva menos intensa - do 4 para baixo - não apresentou associação com um risco maior de infarto.

"Os gatilhos para estas explosões de raiva intensa foram associados a discussões com membros da família (29%), discussões com outros (42%), raiva do trabalho (14%) e raiva no trânsito (14%)," disse o Dr. Buckley.

Ansiedade

Na verdade, os dados revelaram que os episódios de ansiedade podem ser piores do que os ataques de raiva, tornando as pessoas ainda mais propensas a ter um ataque cardíaco.

"Altos níveis de ansiedade foram associados com uma média de risco 9,5 vezes maior de desencadear um ataque cardíaco nas duas horas após o episódio de ansiedade.

"O aumento no risco que se segue à raiva ou ansiedade intensas provavelmente é devido ao aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, do estreitamento dos vasos sanguíneos e do aumento da coagulação, todos associados com o desencadeamento de ataques cardíacos", concluiu o médico.

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