Filha do paciente morto nesta manhã, Sebastiana de Lima Cardoso conta que nunca conseguiu tratamento para o pai em Tatuí. Segundo a dona de casa, ele fazia o procedimento três vezes por semana quando era levado a Itapetininga. Ela afirma que após dar entrada na unidade, várias desculpas foram dadas para que a hemodiálise não fosse realizada.
“Descaso atrás de descaso. Primeiro eles falaram que a máquina não existia e depois alguém disse que tinha, mas que o aparelho estava sendo utilizado. Mais tarde comunicaram que não tinha equipe especializada. Cada hora uma coisa”, reclama Sebastiana.
A filha ainda lembra que há tempos ouvia falar do Centro de Hemodiálise da prefeitura, mas que não viu o prédio. “Propaganda enganosa, porque não teve proveito nenhum disso. Esse sofrimento não vai ter volta, outra pessoa vai precisar dessa máquina e vai acontecer isso novamente”, alerta.
Para a aposentada Lázara dos Santos Pinto, que tem consulta marcada daqui a dois meses, é uma humilhação passar por uma situação como a da família Lima. “Judiação, porque é um direito da gente que pagou por isso toda a vida”, comenta.
Resposta do PS
O pronto-socorro informou que, ao contrário do que a filha do paciente relatou, conseguiu vaga na Santa Casa de Tatuí, que oferece essa especialidade exclusivamente aos pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e no Centro de Referência em Itapetininga.
(Foto: Reprodução/TV TEM)
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