Senai de Tatuí receberá funcionários das indústrias que realizam cursos fora da cidade

21/02/15 - De O Progresso de Tatuí

Cursos das áreas de mecânica e elétrica serão oferecidos inicialmente a funcionários das indústrias locais

“Em março, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Tatuí começa efetivamente”. O prazo, divulgado pelo secretário municipal da Indústria, Desenvolvimento Econômico e Social, Márcio Fernandes de Oliveira, diz respeito ao início da formação de jovens aprendizes, foco da unidade. Inaugurado no dia 19 de setembro do ano passado, o Centro de Formação Profissional “José Ferreira Coelho” sediava cursos desde antes de sua abertura. Em julho, a unidade viabilizou duas formações, sendo uma de revitalizador de coberturas de madeiras e a outra de restauro e preservação de prédios históricos, convênio com o Pronatec, do Governo Federal. Em dezembro do ano passado, o centro recebeu curso voltado à promoção de pessoas com deficiência e aprendizes ao mercado de trabalho. A iniciativa surgiu a partir do fórum “Sou Capaz”, realizado em outubro de 2014, em parceria entre a Prefeitura, o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Em março deste ano, a escola entra em “nova fase”. Inicialmente, receberá funcionários das indústrias que já realizam cursos de aperfeiçoamento fora de Tatuí. “Estamos com tudo pronto, já assinamos convênio com a equipe de Sorocaba e, hoje, a escola existe oficialmente”, disse Márcio. Conforme o secretário, a partir do convênio, a Prefeitura está convocando as empresas para que indiquem os funcionários que receberão treinamento. “Nós estamos captando os alunos nas fábricas. Eu, pessoalmente, estou indo até as empresas para que possamos trazer esses alunos que estudam em Sorocaba”.

Márcio ainda não tem data definida para o início das atividades do Senai como escola de formação. Entretanto, antecipou que os alunos frequentarão cursos de elétrica e mecânica. “As máquinas, os tornos e dois exaustores já chegaram. Provavelmente, as turmas começam no mês que vem”. As formações devem ser oferecidas em três turnos, com turmas entre 20 e 25 alunos. “Serão de 60 a 75 alunos nas vagas de manhã, tarde e noite”, disse Márcio.

O prefeito José Manoel Correa Coelho, Manu, destacou que a novidade não se refere a uma “inauguração” ou início das atividades do Senai. “Ele já está funcionando. O que começa, agora, é a parceria com as empresas”, salientou. Numa nova etapa, a Escola do Senai formará o “jovem aprendiz”. O objetivo é oferecer formação para obtenção do primeiro emprego. “Vamos dar oportunidade para que a empresa prepare o aluno dentro do Senai para o mercado de trabalho, visando preencher vaga para ela”, explicou.

Localizado na rua Maneco Pereira, 619, o prédio que abriga a unidade precisou ser reformado para “dar conta da demanda elétrica e estrutural. O município investiu R$ 1 milhão - de recurso próprio - para as reformas civil e elétrica. A maior parte, R$ 700 mil, foi aplicada apenas no projeto elétrico. Para firmar o acordo de parceria que viabilizou a instalação da escola, a Prefeitura precisou atender exigências do Senai. Entre elas, a de apresentação de imóvel próprio que atendesse às demandas de energia e estrutura. Em abril do ano passado, representantes do serviço visitaram o prédio atual, realizaram vistoria e deram aval para a instalação da unidade no local. A unidade oferecerá três tipos de cursos. Além de mecânica e elétrica, haverá formação em solda. Os maquinários utilizados são seminovos, remanejados pelo Senai de outras unidades para o centro de formação do município.

Durante a inauguração, o Executivo anunciou a intenção de ampliar o trabalho de formação para públicos diferentes, como adolescentes participantes do programa “Jovem Aprendiz” e enviados por empresas da região. A ideia é usar a estrutura para implantar o modelo EVT (Escola, Vida e Trabalho). A parceria pela efetivação do Centro de Formação Profissional conta com um terceiro eixo. Trata-se da Femague (Fundação Educacional “Manoel Guedes”). Os custos mensais de manutenção da escola são repassados pela Prefeitura à fundação, que gerencia os recursos, paga os profissionais e as contas que o local gera.