Invasões durante a madrugada fazem lojistas reforçarem segurança.
Polícia alerta para a necessidade de registro do boletim de ocorrência.
G1 - Comerciantes de Itapetininga dizem estar indignados com a falta de segurança na cidade. Estabelecimentos do Centro têm sido furtados frequentemente por criminosos. A população cobra mais policiamento nas ruas, principalmente à noite.
Muitos recorrem a instrumentos para garantir mais segurança. É o caso do comerciante Fabrício Paixão. Ele investiu em um circuito de monitoramento e também em alarme. Mesmo assim, quando chegou pra trabalhar após um fim de semana, a fechadura da porta estava arrombada. O comerciante diz que o ladrão não conseguiu levar nada da loja dele, mas na mesma noite outros dois comércios foram furtados. “Acredito que falta policiamento noturno, porque de dia vejo bastante policiais por perto. Mas a noite não há, então somo obrigados a investir em segurança particular”, comenta.
Na última quinta-feira (19) uma fábrica de pães na Vila Sônia também sofreu uma tentativa de furto. As imagens do circuito de monitoramento mostram os três homens que chegam por volta das 1h30. Eles forçam o portão por muito tempo, como não conseguem entrar vão até a outra porta. Sem sucesso desistem do furto e vão embora. Foi a terceira vez que bandidos tentam entrar na empresa. “Eu estava aqui à noite e fiquei mais de uma hora esperando a polícia chegar e não veio ninguém, isso desanima o comerciante, que se sente abandonado”, diz o dono Paulo Luiz Ferreira.
Desde o ano passado comerciantes de Itapetininga reclamam da falta de segurança. Um salão de beleza no Centro, por exemplo, foi furtado três vezes em 2014. Os criminosos sempre agem à noite. Nas duas primeiras ações, levaram tesouras, secadores de cabelo, dinheiro. O prejuízo passou de R$ 15 mil. As imagens do circuito de monitoramento flagraram o furto de setembro. O criminoso fica em frente a porta do salão, observa o movimento da rua, quando vê a câmera de segurança não pensa e arranca o equipamento.
O dono do estabelecimento, o cabelereiro Marcos Antônio Aragão de Jesus, teve que trocar o sistema e gastou mais R$ 400. “Meu salão é situado no Centro, tem duas delegacias aqui próximas. A gente vê que não há prisões, a polícia não faz nada e a gente fica a mercê dos marginais”, reclama.
Segundo a Polícia Militar, é preciso registrar o boletim de ocorrência para que a polícia possa fazer o mapeamento das áreas que mais precisam de rondas, viaturas e policiamento. Se o comerciante não reclama e não registra o fato é como se não houvesse o crime.
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