A dona de casa Aparecida de Fátima Moura é uma das pessoas que fazem parte desse número. Moradora do Distrito do Rechã, ela conta que levou quinze dias para se recuperar totalmente e que precisou ir cinco vezes ao Hospital Regional da cidade para que uma médica desconfiasse da doença. “Eu não levantava, ficava muito atordoada e estava com dores nas pernas. Achava que iria cair”, afirma.
Na cidade de quase 154 mil habitantes, sete dos 17 casos confirmados ocorreram no distrito, que fica a 40 quilômetros da região central de Itapetininga e tem oito mil moradores. Uma das reclamações da população local é a de que os próprios vizinhos têm o costume de jogar lixo nas ruas. Romilda Pacífica de Carmo, que também mora no Rechã, revela o descontentamento com a situação. “A dengue está se alastrando e as pessoas ficam jogando lixo na rua”, reclama.
Em Tatuí
Itapetininga não é a única cidade que sofre com a dengue. Em Tatuí, outras 17 ocorrências já foram confirmadas até fevereiro deste ano. No entanto, na maioria dos casos, a doença foi "importada" de outras cidades.
Ubaldo Ramos Soares mora em frente a um terreno baldio e relata que chega a perder noites de sono devido aos mosquitos. “Acabei gastando um tubo daquele spray de veneno para matar esses bichos”, diz.
A equipe da TV TEM percorreu o bairro Residencial Astória, que é um dos mais afastados do Centro, e constatou o descuido de muitos moradores. No local, muitas garrafas vazias, tampinhas e potes de sorvete estavam expostos em um bar abandonado.
Iraci dos Santos Silva vive nas proximidades e lembra que o mosquito não diferencia a vítima. “Realmente o local pode se tornar um criadouro e o mosquito pode pegar qualquer um, e o que é pior, principalmente as crianças”, comenta.
(Foto: Reprodução/TV TEM)
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