Meteorito que pode ter mais de 4 bilhões de ano pesa 400 gramas |
Uma lasca do material foi enviada para estudos na instituição. O meteorito mede oito centímetros, pesa aproximadamente 400 gramas e pode ter mais de 4,56 bilhões de ano, segundo o astrônomo amador que encontrou o objeto, Renato Cassio Poltronieri: “Trata-se de um condríto, indicado por ter menos ferro na parte interna.
Dados conclusivos somente após a finalização dos estudos em laboratório, mas sabe-se que o condríto é remanescente dos primeiros momentos da formação do Sistema Solar”, afirma.
A rocha espacial percorreu o céu do interior paulista em 9 de janeiro, e só foi encontrada por especialistas no dia 18. Participaram da expedição para encontrar a pedra o astrônomo amador e a especialista Maria Elizabeth Zucolotto, cientista do Museu Nacional do RJ.
Dados conclusivos somente após a finalização dos estudos em laboratório, mas sabe-se que o condríto é remanescente dos primeiros momentos da formação do Sistema Solar”, afirma.
A rocha espacial percorreu o céu do interior paulista em 9 de janeiro, e só foi encontrada por especialistas no dia 18. Participaram da expedição para encontrar a pedra o astrônomo amador e a especialista Maria Elizabeth Zucolotto, cientista do Museu Nacional do RJ.
Renato com o meteorito que caiu em Porangaba |
Renato e Maria Elizabeth viajaram a Porangaba no dia 17 de janeiro, e mesmo sabendo da provável localização do meteorito, procuraram por possíveis fragmentos em terrenos vizinhos, na zona rural de Porangaba. No segundo dia de buscas, foram até o terreno apontado pelos cálculos e visualizaram a rocha, que já havia sido descoberta pelo caseiro da propriedade. “O caseiro informou que estava na varanda da casa quando ouviu a explosão no céu. Depois de uns cinco minutos, ouviu o som de duas coisas caindo no chão. Um próximo e outro mais distante. Ele foi até o local mais perto, que fica há três metros da casa do dono da propriedade, e encontrou a pedra enterrada a 25 centímetros no chão”, explica Renato.
Estudo da localização
Segundo Renato, as buscas pelo meteorito na cidade só foram possíveis depois que outro astrônomo amador calculou a provável posição de queda de um meteoro que atravessou o interior paulista. Com apenas três fotos e o relato de uma testemunha, Carlos Eduardo Augusto de Pietro calculou o destino do meteoro.
A importância está nos cálculos que apontaram a localização do meteorito. Aí está a dificuldade"
Rogério Leite, astrônomo amador
A rocha espacial é a quarta a ser encontrada no estado de São Paulo, mas o que impressionam especialistas é que pela primeira vez no país calculou-se a trajetória e a queda de um meteorito com base em fotos e relatos. “A importância não é especificamente o meteorito, mas sim os cálculos que apontaram a localização dele. Aí está a dificuldade”, ressalta o astrônomo amador Rogério Leite.
Em entrevista ao G1, Carlos Eduardo afirma que demorou quatro dias para fazer todos os cálculos necessários. “Recebi fotos do rastro de fumaça deixado pelo meteorito nas cidades de Lençóis Paulista, Jaú e Tatuí, além de conversar com uma pessoa que viu o rastro. A partir dessas informações tracei a direção, o peso e a velocidade do meteorito. Depois que a rocha espacial atinge a atmosfera ela explode, então previ em qual ponto a explosão iria acontecer e medi um raio em que os fragmentos iriam cair”, revela.
O estudioso sobre o assunto calcula que antes de explodir, o meteorito pesava 100 quilos e viajava a 180 mil quilômetros por hora. “O meteorito explode porque a pressão exercida pela atmosfera é maior que ele. Durante o trajeto da descida dele a atmosfera cria uma bolha de plasma, uma compreensão, na tentativa de proteger a terra do impacto. A pedra em chamas caindo resiste até certo ponto”, explica Carlos.
Estudo da localização
Segundo Renato, as buscas pelo meteorito na cidade só foram possíveis depois que outro astrônomo amador calculou a provável posição de queda de um meteoro que atravessou o interior paulista. Com apenas três fotos e o relato de uma testemunha, Carlos Eduardo Augusto de Pietro calculou o destino do meteoro.
A importância está nos cálculos que apontaram a localização do meteorito. Aí está a dificuldade"
Rogério Leite, astrônomo amador
A rocha espacial é a quarta a ser encontrada no estado de São Paulo, mas o que impressionam especialistas é que pela primeira vez no país calculou-se a trajetória e a queda de um meteorito com base em fotos e relatos. “A importância não é especificamente o meteorito, mas sim os cálculos que apontaram a localização dele. Aí está a dificuldade”, ressalta o astrônomo amador Rogério Leite.
Em entrevista ao G1, Carlos Eduardo afirma que demorou quatro dias para fazer todos os cálculos necessários. “Recebi fotos do rastro de fumaça deixado pelo meteorito nas cidades de Lençóis Paulista, Jaú e Tatuí, além de conversar com uma pessoa que viu o rastro. A partir dessas informações tracei a direção, o peso e a velocidade do meteorito. Depois que a rocha espacial atinge a atmosfera ela explode, então previ em qual ponto a explosão iria acontecer e medi um raio em que os fragmentos iriam cair”, revela.
O estudioso sobre o assunto calcula que antes de explodir, o meteorito pesava 100 quilos e viajava a 180 mil quilômetros por hora. “O meteorito explode porque a pressão exercida pela atmosfera é maior que ele. Durante o trajeto da descida dele a atmosfera cria uma bolha de plasma, uma compreensão, na tentativa de proteger a terra do impacto. A pedra em chamas caindo resiste até certo ponto”, explica Carlos.
Renato e Zucolotto averiguam local onde a rocha caiu |
Mesmo tendo descoberto a localização, Carlos não poderia sair em busca da rocha espacial devido a distância, já que mora em Goiânia (GO) a mais de 800 quilômetros de distância de Porangaba.
Por isso, avisou o amigo Renato, que mora em Nhandeara (SP), região de São José do Rio Preto (SP), e a especialista Zucolotto. “Eu e o Renato fazemos parte da organização Bramon [Brazilian Meteor Observation Network], grupo científico sem fins lucrativos composto por astrônomos amadores e profissionais. Por isso confiei a ele o trabalho de encontrar o meteorito em Porangaba”, comenta Carlos.
A rocha espacial está com o dono da propriedade onde caiu. O destino do meteorito ainda não foi definido. Equipes da Bramon ainda procuram neste domingo (25), e seguem até terça-fira (27), por novos fragmentos do meteorito que possam ter caído na cidade.
A rocha espacial está com o dono da propriedade onde caiu. O destino do meteorito ainda não foi definido. Equipes da Bramon ainda procuram neste domingo (25), e seguem até terça-fira (27), por novos fragmentos do meteorito que possam ter caído na cidade.
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