Piso tátil na Praça da Matriz (Foto: Reprodução/ TVTEM) |
Em diversos pontos da cidade ocorre ausência de rampas e calçadas em desnível. A cuidadora Ana Paula Rocha é mãe de uma jovem com deficiência múltipla. Diariamente ela enfrenta dificuldade para poder atravessar as ruas da cidade. “Todo lugar é sem rebaixamento e há muita dificuldade para atravessar, descer ou subir, sem uma rampa de acesso”, afirma. A cuidadora ainda conta que geralmente os carros não param para ela atravessar: “Preciso sair praticamente com a cadeira na rua, para que os motoristas respeitem e eu possa passar”, diz Ana Paula.
Uma lei municipal determina que todas as calçadas sejam rebaixadas. Mas, segundo o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Rodiney Rocha, as normas de acessibilidade só são cumpridas em alguns trechos.
“Um dos princípios seria a conscientização da população, no que diz respeito às vagas de estacionamento. Pedimos que não estacionem na vaga dos deficientes, nem de idosos. A outra é a respeito da calçada, pois pessoas fazem degraus nesses locais, o que dificulta a inclusão social e impede que os passeios com os cadeirantes sejam realizados, levando-os a andar pelas ruas.”
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 22% dos moradores da cidade, ou seja, mais de 25 mil pessoas, tem algum tipo de deficiência. O professor de informática em braile Nilson Ribeiro é um deles. O deficiente visual passa diariamente pela Praça da Matriz, único lugar que ele encontra o piso tátil na cidade. Porém, no meio do caminho sempre há um obstáculo, como sacos de lixo. “As pessoas não respeitam nem mesmo as faixas para deficientes, que é o piso tátil”, lamenta.
Para caminhar até o trabalho todos os dias, ele encontra mais problemas: “Há degraus em calçadas, que as pessoas na hora de construir, deveriam deixar a guia no mesmo nível. É uma luta para ver se essa realidade muda, porque não há respeito.”
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