Em agosto, os integrantes da FNL invadiram a fazenda Paiol. Com a chegada de mais integrantes para as novas ocupações, já são 1,2 mil pessoas acampadas nas terras que abrangem os municípios de Itapetininga, Tatuí e Quadra.
Os acampados reivindicam cinco mil hectares de terra e dizem que escolheram essas propriedades não pela produtividade, mas sim pela legalidade das áreas. O dirigente do movimento, José Rainha Júnior, diz que as áreas invadidas foram griladas e estão endividadas. “Essas áreas que estamos ocupando são griladas. Elas pertenciam a Júlio Prestes, que tinha 10 mil alqueires. São áreas que não têm documento. Estamos questionando a legitimidade dos títulos e eles são ilegais. Nós não fomos notificados por ninguém. Assim que for recebida ordem judicial, será cumprida”, afirma.
A última fazenda invadida é a Santa Mônica. Na área há plantação de cana, criação de gado e cavalos. O administrador Marcos Barbosa, que é responsável pela propriedade, diz que já tem uma ação de interdito proibitório, documento que impediria legalmente uma invasão, mas mesmo assim os integrantes ocuparam a área. Funcionários continuam a trabalhar no local e esperam uma decisão judicial. “O animal não pode parar de comer por causa dessa invasão, então, nosso trabalho tem que continuar tanto na agricultura, quanto na pecuária. A gente combinou, para tentar evitar qualquer problema, manter a calma e a ordem. A gente foi lá, conversou e pediu para que eles permaneçam apenas no local ocupado porque a gente vai continuar trabalhando aqui”, ressalta.
O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que não tem conhecimento do imóvel ocupado e afirma ainda que suspendeu todas as vistorias e outros procedimentos na desapropriação dos cinco imóveis ocupados na região.
(Foto: Reprodução / TV TEM)
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