O ex-secretário municipal da Indústria, Desenvolvimento Econômico e Social, Ronaldo José da Mota, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, afirmou que as demissões na indústria em Tatuí em 2014 tiveram impacto no município, mas menor que em 2009. “Não chegou a afetar muito, até porque, quando a empresa sente a crise, a primeira coisa que faz é negociar”, contou. Segundo ele, as empresas têm comportamentos específicos quando em situação de retração. As multinacionais, em geral, demitem. Já as nacionais, conforme Mota, preferem adotar outras políticas. “Elas têm um apego maior ao funcionário, daí, fazem políticas de banco de hora, redução de jornada de trabalho, suspensão de contrato de trabalho e vários acordos”, comentou. Mesmo quando há dispensas, Mota afirmou que as empresas adotam uma série de critérios para fazê-las. O mais comum deles é o PDV (Plano de Demissão Voluntária).
Segundo o ex-secretário, esse tipo de ação contribuiu para que as demissões em 2014 fossem menores que as registradas em 2009. Naquele ano, Mota disse que as indústrias do município demitiram 1.100 trabalhadores.
Conforme Marcos Bueno, diretor municipal da Indústria, a Prefeitura de Tatuí já iniciou conversas extraoficiais com empresários chineses para viabilizar novos investimentos no município, não entrando em pormenores. “Isso está começando a esquentar, mas nossa prospecção será válida para 2015”, disse.
O trabalho da Prefeitura acontece no momento em que o país passa por uma “desaceleração” da economia. Neste ano, a redução no consumo forçou montadoras de automóveis a reduzir a produção. Essa medida fez com que as empresas de Tatuí, fornecedoras de equipamentos e materiais do setor metalmecânico, também freassem, resultando na demissão de mais de 600 pessoas. - O Progresso de Tatuí, editado.
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