quarta-feira, 1 de outubro de 2014

ARTIGO: O desmonte do Conservatório de Tatuí (Luis Nassif)

QUA, 01/10/2014 - 17:14 ATUALIZADO EM 01/10/2014 - 17:40
GGN - Marcus Toscano, a jovem grande promessa do violão brasileiro me escreveu para passar a dica: o clássico “Catedral”, do paraguaio Agustin Barrios, pelo violonista Geraldo Ribeiro é a melhor interpretação de uma das peças mais tocadas pelo violão mundial.

Na sexta-feira, em Guaratinguetá, conversei com algumas pessoas ligadas ao Conservatório de Tatuí. Até alguns anos atrás, era exemplar, um dos maiores celeiros da música instrumental brasileira, de reputação internacional.

Na gestão José Serra começou o desmonte da área cultural. Os ativos culturais do Estado foram entregues a organizações sociais apadrinhadas de Serra e de Andrea Matarazzo. E o Conservatório começou a definhar.

Burocratizou-se o ensino e montou-se uma estratégia de esvaziamento. Alunos da região que costumavam juntar dois dias da semana para as aulas, foram impedidos por novas exigências, de se colocar um dia no início da semana e outro no final, inviabilizando sua permanência no Conservatório.

Professores de renome internacional foram proibidos de tirar licença para excursões internacionais. Valem-se de vários expedientes para encolher o tamanho do Conservatório pela truculência, demitindo professores e inviabilizando cada vez mais a frequencia dos alunos.

Chegou-se ao ápice de exigir de Geraldo Ribeiro que enfrentasse um concurso público para continuar lecionando em um local em que ele vem formando centenas de alunos desde os anos 70. Pelo que me informam, Ribeiro desistiu do Conservatório.

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