De acordo com o promotor do Gaeco, André Luiz Brandão, a organização criminosa era investigada há um ano e tinha registros de atividade criminosa há pelo menos cinco anos. Além da falsificação de diversos documentos, entre pessoais e os referentes aos veículos, o grupo também adulterava placas e numeração de chassi de carros roubados e furtados.
"Entre o que foi apreendido vimos de imitações grosseiras até versões originais de carteiras de habilitação, identidade e Cerificados de Registro e Licenciamento de Veículo [CRLV]", disse o promotor. Em Boituva, um homem que foi preso prestava serviços para a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) da cidade. A origem dos documentos originais ainda é investigada pelo Gaeco, que acredita que a maioria foi furtada ou roubada de órgãos públicos.
Grupo 'legalizava' carros
Entre as diversas fraudes atribuídas ao grupo, o Gaeco identificou um processo de "regularização" de veículos roubados. O bando adulterava as placas e a numeração de chassi, além de emitir novos documentos (em alguns casos com material original) e tornava o automóvel aparentemente legalizado. A prática é conhecida como clonagem.
Rio Claro foi o município com maior número de presos: 10 pessoas. A cidade é apontada como base da organização. "A maioria das pessoas morava ou se reunia no município. Por isso vemos a cidade como a base de operações. Acreditamos, no entanto, que haja tentáculos desse grupo em outros lugares", disse Brandão.
Em Campinas, um dos presos era um advogado apontado como o responsável por fornecer os "espelhos" das documentações originais. O promotor disse ainda que, em Piracicaba, atuava um "faz tudo" do bando, envolvido na maioria dos crimes, assim como o homem detido em Limeira.
Apesar de 19 presos, havia 20 mandados a serem cumpridos. Ocorre que um dos suspeitos morava em Limeira, mudou-se para Campinas e não foi encontrado no durante a abordagem da polícia. Dois homens de Rio Claro também estão sendo investigados pelo envolvimento com uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas e comandada de dentro de presídios paulistas. Cada preso deve ficar inicialmente na cidade onde foi encontrado. Os documentos e computadores apreendidos devem ser vasculhados pelo Gaeco.
(Foto: Thomaz Fernandes/G1)
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