A Sabesp apura se há relação entre as rachaduras que apareceram nos imóveis com obras recentes em frente às casas. Caso seja comprovada a responsabilidade da concessionária sobre os danos aos imóveis, os moradores deverão ser ressarcimento.
O problema começou após o afundamento de parte do asfalto depois de obras realizadas na rua pela equipe da companhia de água e esgoto. No último domingo (18), uma cratera se abriu no meio da via e um caminhão foi praticamente ‘engolido’ pelo buraco. Quando os moradores perceberam que parte do asfalto começou a ceder, ligaram para a Sabesp que enviou uma equipe ao local. A Defesa Civil também foi chamada. As residências foram interditadas no mesmo dia depois que um laudo da Defesa Civil comprovou o problema de infiltração. Os moradores tiveram que sair sem poder levar móveis e estão em casas de parentes.
O comerciante João Maciel é dono de uma das casas interditadas. Ele está há uma semana dormindo em casa de parentes, e diz que até registrou um boletim de ocorrência porque ainda não teve uma resposta de quando o problema será resolvido. “Estou com o laudo [da Defesa Civil] em mãos, que constata a interdição da casa n.10 e n.14 porque não tem condição de moradia, e a n. 18 por perigo de cair.”, reclama.
A operadora de caixa Maria do Socorro também é uma das moradoras afetadas. Ela espera ser ressarcida do prejuízo, já que o sobrado dela foi um dos mais afetados. “Espero que eles colaborem com deem outra casa para a gente. Não queremos um lugar melhor, e sim o que tínhamos, mas sem o perigo que existe agora”, conta.
Medida preventiva
As casas foram escoradas na sexta-feira (23) depois que o laudo da Defesa Civil apontou risco de danos maiores na estrutura dos imóveis. De acordo com o coordenador adjunto da Defesa Civil João Batista, a ação é uma medida de prevenção. “O relatório da vistoria técnica constatou infiltrações. As estruturas sofreram recalques diferenciais, ou seja, a acomodação do solo vai trincando as paredes. Em se tratando de infiltração, não precisa ver a probabilidade de desabar, precisamos sempre pensar à frente na preservação. O problema poderia avançar, poderia ter maiores consequências, então a Defesa Civil interdita os imóveis até os devidos reparos”, explica.
Segundo o secretário de Obras, Nilton Raposo, o trabalho de escoramento nas casas foi um trabalho emergencial, para evitar o desabamento dos imóveis. Dinda de acordo com ele, a prefeitura está dando todo o apoio necessário às famílias prejudicadas. “O relatório da vistoria técnica constatou infiltrações. As estruturas sofreram recalques diferenciais, ou seja, a acomodação do solo vai trincando as paredes. Em se tratando de infiltração, não precisa ver a probabilidade de desabar, precisamos sempre pensar à frente na preservação. O problema poderia avançar, poderia ter maiores consequências, então a Defesa Civil interdita os imóveis até os devidos reparos”, completa.
(Fotos: TEM Você / Willian Rodrigues e João Maciel/ Arquivo Pessoal)
Nenhum comentário:
Postar um comentário