Carolina Santana
carolina.santana@jcruzeiro.com.br
CRUZEIRO DO SUL - O rio Sorocaba nasce em Ibiúna, passa por oito cidades, Votorantim, Sorocaba, Iperó, Boituva, Tatuí, Cerquilho, Jumirim e Laranjal Paulista e desemboca no rio Tietê. A importância histórica e ambiental do rio, assim como os aspectos geográficos e a importância social dele são tema de trabalhos acadêmicos, livros, reportagens e documentários. Programado para ser lançado em outubro do ano que vem, o documentário "Sorocaba - o rio que reviveu" vai abordar a despoluição das águas do Sorocaba e mostrar uma nova relação surgida entre a comunidade e o rio.
Jornalista e documentarista Sandra Nascimento é uma das coordenadoras do projeto que será custeado através do Proac e da Lei Rouanet, sob orientação da Agência Nacional de Cinema (Ancine). "Minha produtora já fez um primeiro documentário sobre o rio intitulado "Sorocaba, o rio de nossas vidas", revelou. O primeiro trabalho foi lançado em 2005; neste, a despoluição das águas será um dos temas centrais a serem abordados. (Foto: divulgação/Loja de Ideias)
Despoluído - A despoluição do Sorocaba começou no ano 2000 e segundo o biólogo Welber Senteio Smith, o rio é considerado despoluído há cinco anos, desde 2009.
Ele explica não haver mais despejo de esgoto no leito do rio e destaca o fato do próprio município incentivar a pesca em alguns trechos do Sorocaba. Com essa nova realidade, Sandra quer mostrar a relação atual da comunidade com o rio e quais são os reflexos na fauna e flora com o manancial mais limpo. "Acredito que nossa cidade pode se tornar um exemplo mundial num momento em que a água potável está sendo ameaçada no planeta", diz a documentarista.
São nove pessoas trabalhando atualmente na produção do documentário. As fontes de pesquisas são as mais diversas. Sandra cita a obra "Os peixes do rio Sorocaba", publicado em 2003 pelo biólogo Smith. "O professor apontou que já são reconhecidos aproximadamente 430 espécies entre aves, mamíferos, anfíbios e peixes. Mas hoje, com a despoluição, arrisco dizer que é possível catalogar um número bem maior. Só a nossa equipe já fotografou e filmou quase 60 aves diferentes", revela. O savacu, o martim-pescador, o anu branco, anu preto, urubus, bem-te-vis, várias garças, coruja buraqueira e muito mais.
"Entre outros bichos, encontramos o ratão do banhado, tartarugas, lagartos e as famosas capivaras", continua. Sandra revela que são várias as curiosidades registradas pelo documentário. Segundo ela, a equipe tem conferido os aspectos turísticos do rio, principalmente em pontos como o Parque das Águas e na cidade de Cerquilho. "Temos o contato com a população ribeirinha e com os animais silvestres. Por exemplo, próximo à avenida Dom Aguirre, em Sorocaba, tem uma corujinha que grita e voa ameaçadoramente, cada vez que chegamos perto do seu ninho. Essas são as coisas belas", diz. Apesar desses registros a documentarista destaca o descaso de políticos e da própria população no cuidado com o rio.
Ação conjunta
Sobre a despoluição do rio Sandra afirma que a ação depende de outros municípios, já que o rio corta diversas cidades. Apesar da constatação, a documentarista é otimista e destaca que entre o primeiro documentário e esse atual pode notar melhora na condição da água e um importante ressurgimento de espécies.
carolina.santana@jcruzeiro.com.br
CRUZEIRO DO SUL - O rio Sorocaba nasce em Ibiúna, passa por oito cidades, Votorantim, Sorocaba, Iperó, Boituva, Tatuí, Cerquilho, Jumirim e Laranjal Paulista e desemboca no rio Tietê. A importância histórica e ambiental do rio, assim como os aspectos geográficos e a importância social dele são tema de trabalhos acadêmicos, livros, reportagens e documentários. Programado para ser lançado em outubro do ano que vem, o documentário "Sorocaba - o rio que reviveu" vai abordar a despoluição das águas do Sorocaba e mostrar uma nova relação surgida entre a comunidade e o rio.
Jornalista e documentarista Sandra Nascimento é uma das coordenadoras do projeto que será custeado através do Proac e da Lei Rouanet, sob orientação da Agência Nacional de Cinema (Ancine). "Minha produtora já fez um primeiro documentário sobre o rio intitulado "Sorocaba, o rio de nossas vidas", revelou. O primeiro trabalho foi lançado em 2005; neste, a despoluição das águas será um dos temas centrais a serem abordados. (Foto: divulgação/Loja de Ideias)
Despoluído - A despoluição do Sorocaba começou no ano 2000 e segundo o biólogo Welber Senteio Smith, o rio é considerado despoluído há cinco anos, desde 2009.
Ele explica não haver mais despejo de esgoto no leito do rio e destaca o fato do próprio município incentivar a pesca em alguns trechos do Sorocaba. Com essa nova realidade, Sandra quer mostrar a relação atual da comunidade com o rio e quais são os reflexos na fauna e flora com o manancial mais limpo. "Acredito que nossa cidade pode se tornar um exemplo mundial num momento em que a água potável está sendo ameaçada no planeta", diz a documentarista.
São nove pessoas trabalhando atualmente na produção do documentário. As fontes de pesquisas são as mais diversas. Sandra cita a obra "Os peixes do rio Sorocaba", publicado em 2003 pelo biólogo Smith. "O professor apontou que já são reconhecidos aproximadamente 430 espécies entre aves, mamíferos, anfíbios e peixes. Mas hoje, com a despoluição, arrisco dizer que é possível catalogar um número bem maior. Só a nossa equipe já fotografou e filmou quase 60 aves diferentes", revela. O savacu, o martim-pescador, o anu branco, anu preto, urubus, bem-te-vis, várias garças, coruja buraqueira e muito mais.
"Entre outros bichos, encontramos o ratão do banhado, tartarugas, lagartos e as famosas capivaras", continua. Sandra revela que são várias as curiosidades registradas pelo documentário. Segundo ela, a equipe tem conferido os aspectos turísticos do rio, principalmente em pontos como o Parque das Águas e na cidade de Cerquilho. "Temos o contato com a população ribeirinha e com os animais silvestres. Por exemplo, próximo à avenida Dom Aguirre, em Sorocaba, tem uma corujinha que grita e voa ameaçadoramente, cada vez que chegamos perto do seu ninho. Essas são as coisas belas", diz. Apesar desses registros a documentarista destaca o descaso de políticos e da própria população no cuidado com o rio.
Ação conjunta
Sobre a despoluição do rio Sandra afirma que a ação depende de outros municípios, já que o rio corta diversas cidades. Apesar da constatação, a documentarista é otimista e destaca que entre o primeiro documentário e esse atual pode notar melhora na condição da água e um importante ressurgimento de espécies.
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