Tatuí está prestes a ser tornar, agora oficialmente, a Capital Nacional da Música. O diretor do Conservatório de Tatuí, Henrique Autran Dourado, destacou que o Conservatório de Tatuí tem, nesses 60 anos, se erguido a cada dia como o mais importante centro de formação de músicos, luthiers e atores do país. “Nada mais justo do que o reconhecimento que já lhe é emprestado país afora se torne oficial, levantando ainda mais alto a bandeira e a tradição musical desta cidade predestinada”, finalizou.
O projeto de lei 7.196, de 2014, está sendo analisado pelas comissões da Câmara dos Deputados, antes de ser votado pelos deputados em plenário. Apresentado no último dia 26 de fevereiro, pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o projeto foi articulado pelo prefeito José Manoel Corrêa Coelho e pelo vice-prefeito Vicente Menezes, secretário municipal de Governo.
A justificativa apresentada pelo deputado traz em quatro laudas parte importante da história da cidade, do ápice do desenvolvimento com as indústrias de tecelagem aos nomes que fizeram parte do cenário musical erudito e popular. Trata da instalação da primeira escola de música mantida pelo Governo de São Paulo, através do trabalho do então deputado Narciso Pieroni que, ao presenciar uma apresentação do conjunto do violoncelista João Del Fiol, comprometeu-se a dedicar seu mandato à implantação do Conservatório.
“Na mesma noite, em 1950, um grupo de intelectuais redigiu o esboço do projeto no bar do Hotel Del Fiol. A ideia era que ele seguisse os moldes do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e a Escola Nacional de Música, do Rio de Janeiro”, relata o texto original do projeto de lei.
A criação da escola foi proposta na Assembleia Legislativa em dezembro do mesmo ano. Em abril de 1951, a lei seria sancionada pelo governador Lucas Nogueira Garcez. Três anos mais tarde, em abril de 1954, foram abertas as inscrições para os primeiros cursos, canto, piano, violino, violoncelo, flauta, clarineta, violão, teoria musical, folclore e arte dramática. Em apenas cinco dias, inscreveram-se 331 candidatos para apenas 30 vagas. A sede ainda provisória foi o Casarão dos Guedes, mansão pertencente a uma das famílias mais influentes do município. O primeiro diretor artístico foi Eulico Mascarenhas de Queiroz, que trabalhava como redator musical do Teatro Municipal de São Paulo. Eulico foi responsável por trazer grandes nomes da música para lecionar na cidade, entre os quais o flautista Spartacco Rossi. Na época, Tatuí tinha 30 mil habitantes.
Em 1968, o número de alunos já era 250. Ano em que assume a direção da escola o flautista e regente José Coelho de Almeida. Em 1969, o prédio em que funcionava a Câmara e a Biblioteca Municipal é cedido ao Conservatório de Tatuí. As novas instalações, na Rua São Bento, 415, permitem a ampliação do número de estudantes para 600 matriculados.
O título de maior escola de música da América Latina começou a ser configurado em 1976, quando o empresário José Mindlin contribui com uma enorme quantidade de instrumentos. Outra importante doação veio em 1981 pelas mãos do empresário Wanderley Bocchi - que mais tarde em 1988 se tornaria prefeito da cidade. Ele cedeu o terreno às margens da SP-127, onde hoje está instalado o alojamento da escola.
O projeto trata ainda da passagem do célebre professor e personalidade musical, Hans Joachin Koellreutter pela direção da escola, até a assunção do maestro Antônio Carlos Neves Campos, que permaneceu à frente da instituição de 1984 a 2008, contribuindo para ampliação do número de alunos e consolidação do Conservatório nacional e internacionalmente como referência em aprendizado musical – em um período onde a música popular, o jazz e as artes cênicas ganharam protagonismo nas salas de aula, apresentações e festivais.
Atualmente, o Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí tem 2.300 alunos. Recebe estudantes de 20 estados brasileiros, de países da América Latina, América do Norte, Europa e até da Ásia. Oferece ainda bolsas de estudos permitindo aos alunos dedicação exclusiva para estudo da música e das artes cênicas. Mantém agenda artística com diferentes atividades com encontros, festivais, masterclasses, workshops, concertos, espetáculos de teatro, cursos intensivos, palestras e recitais.
O projeto de lei 7.196, de 2014, está sendo analisado pelas comissões da Câmara dos Deputados, antes de ser votado pelos deputados em plenário. Apresentado no último dia 26 de fevereiro, pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o projeto foi articulado pelo prefeito José Manoel Corrêa Coelho e pelo vice-prefeito Vicente Menezes, secretário municipal de Governo.
A justificativa apresentada pelo deputado traz em quatro laudas parte importante da história da cidade, do ápice do desenvolvimento com as indústrias de tecelagem aos nomes que fizeram parte do cenário musical erudito e popular. Trata da instalação da primeira escola de música mantida pelo Governo de São Paulo, através do trabalho do então deputado Narciso Pieroni que, ao presenciar uma apresentação do conjunto do violoncelista João Del Fiol, comprometeu-se a dedicar seu mandato à implantação do Conservatório.
“Na mesma noite, em 1950, um grupo de intelectuais redigiu o esboço do projeto no bar do Hotel Del Fiol. A ideia era que ele seguisse os moldes do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e a Escola Nacional de Música, do Rio de Janeiro”, relata o texto original do projeto de lei.
A criação da escola foi proposta na Assembleia Legislativa em dezembro do mesmo ano. Em abril de 1951, a lei seria sancionada pelo governador Lucas Nogueira Garcez. Três anos mais tarde, em abril de 1954, foram abertas as inscrições para os primeiros cursos, canto, piano, violino, violoncelo, flauta, clarineta, violão, teoria musical, folclore e arte dramática. Em apenas cinco dias, inscreveram-se 331 candidatos para apenas 30 vagas. A sede ainda provisória foi o Casarão dos Guedes, mansão pertencente a uma das famílias mais influentes do município. O primeiro diretor artístico foi Eulico Mascarenhas de Queiroz, que trabalhava como redator musical do Teatro Municipal de São Paulo. Eulico foi responsável por trazer grandes nomes da música para lecionar na cidade, entre os quais o flautista Spartacco Rossi. Na época, Tatuí tinha 30 mil habitantes.
Em 1968, o número de alunos já era 250. Ano em que assume a direção da escola o flautista e regente José Coelho de Almeida. Em 1969, o prédio em que funcionava a Câmara e a Biblioteca Municipal é cedido ao Conservatório de Tatuí. As novas instalações, na Rua São Bento, 415, permitem a ampliação do número de estudantes para 600 matriculados.
O título de maior escola de música da América Latina começou a ser configurado em 1976, quando o empresário José Mindlin contribui com uma enorme quantidade de instrumentos. Outra importante doação veio em 1981 pelas mãos do empresário Wanderley Bocchi - que mais tarde em 1988 se tornaria prefeito da cidade. Ele cedeu o terreno às margens da SP-127, onde hoje está instalado o alojamento da escola.
O projeto trata ainda da passagem do célebre professor e personalidade musical, Hans Joachin Koellreutter pela direção da escola, até a assunção do maestro Antônio Carlos Neves Campos, que permaneceu à frente da instituição de 1984 a 2008, contribuindo para ampliação do número de alunos e consolidação do Conservatório nacional e internacionalmente como referência em aprendizado musical – em um período onde a música popular, o jazz e as artes cênicas ganharam protagonismo nas salas de aula, apresentações e festivais.
Atualmente, o Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí tem 2.300 alunos. Recebe estudantes de 20 estados brasileiros, de países da América Latina, América do Norte, Europa e até da Ásia. Oferece ainda bolsas de estudos permitindo aos alunos dedicação exclusiva para estudo da música e das artes cênicas. Mantém agenda artística com diferentes atividades com encontros, festivais, masterclasses, workshops, concertos, espetáculos de teatro, cursos intensivos, palestras e recitais.
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