sábado, 11 de janeiro de 2014

Operação monitora nível de rio em Tatuí

Do G1 - A Defesa Civil de Tatuí tem intensificado os trabalhos de prevenção a enchentes na cidade, a chamada Operação Verão. Funcionários e voluntários monitoram o nível do rio Tatuí, principalmente na região do Distrito de Americana, um dos pontos mais prejudicados durante o período de chuvas.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, João Batista Floriano, até este início de janeiro de 2014 ainda não houve alteração no leito do rio. Ele explica que isso está ocorrendo porque desde de dezembro o volume de chuva não foi intenso. “Estamos em um período atípico. No mês de dezembro, por exemplo, foram registrados apenas 39 milímetros de chuva durante todo o mês quando a média para a época é de aproximadamente 200 milímetros. Já em janeiro, até o dia 10, registramos 42 milímetros de chuva”, diz.

Apesar de ainda não haver riscos de enchentes, a observação é feita diariamente. Além de funcionários da defesa, guardas municipais também participam das ações preventivas e nas possíveis ocorrências. A operação conta ainda com a ação de voluntários que integram o Núcleo Comunitário de Defesa Civil (Nudec), formado para auxiliar e orientar os moradores.

A voluntária e coordenadora do Nudec Marlene Rodrigues Pires conta que a operação deve se estender até o mês de março. Ela afirma que o trabalho de orientação com mais de 100 famílias que moram na área considerada de risco já foi feita, por isso, em caso de enchentes, a maioria já sabe que deve deixar as casas e buscar um local seguro. “Quando a gente chega para recolher as coisas, as pessoas já sabem que precisam sair. Algumas ainda resistem, mas a maioria já sabe o que fazer. Já sai da casa”, diz.

O engenheiro agrônomo e orientador técnico da Defesa Civil, Emílio Monteiro, afirma que o Distrito de Americana já passou por várias enchentes. Em janeiro de 2007, por exemplo, registrou uma das mais fortes inundações e 35 casas ficaram submersas. Ele explica que isso ocorre porque há uma junção de rios. “Monitoramos o rio Tatuí, mas principalmente o Sarapuí. O rio Sarapuí desemboca no Sorocaba elevando o nível deste último. Quando isso ocorre, o rio Tatuí não consegue escoar para o Sorocaba. É nesse momento que o Tatuí sobe e provoca enchente no Distrito de Americana. Não é o Sorocaba que enche, é o Tatuí. Então, nosso trabalho aqui, além de monitoramento das águas, é cadastrar os moradores ribeirinhos, identificar quais casas são de veraneio e quais têm moradores permanentemente. Trabalhamos em cima disso de prevenção, na redução de danos às pessoas”, explica.

Outro trabalho importante de monitoramento, segundo o coordenador da Defesa Civil, é o uso da tecnologia. “A própria Defesa Civil do Estado de São Paulo está trabalhando pelo sistema SMS. Quando ocorre uma forte precipitação, uma forte chuva na região, recebemos com um prazo de 15 a 30 minutos de antecedência a mensagem de alerta sobre os possíveis reflexos em Tatuí. Então, dá tempo de fazer o corre-corre e salvar vidas”, comenta João Floriano.

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