Aproximadamente 117 funcionários de um frigorífico de Tatuí estão sem saber se vão continuar empregados. Há quase duas semanas o local foi lacrado pela prefeitura por determinação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O motivo: irregularidades ambientais.
Conforme reportagem exibida nesta quarta-feira (4) pela TV TEM, nos portões é possível ver o aviso que indica a interdição. Do lado de dentro da empresa apenas a Guarda Civil Municipal é autorizada a circular.
De acordo com a prefeitura, a empresa já havia sido notificada e multada antes de encerrar as atividades. De acordo com a Cetesb, o tratamento nas lagoas de contenção e o descarte dos resíduos sólidos estavam inadequados.
Em nota, a empesa informou que foi lacrada por determinação da prefeitura e tenta junto aos órgãos responsáveis a regularização para poder reabrir o mais rápido possível. Enquanto isso, os funcionários permanecem sem saber o que será decidido em relação a eles. De acordo com o presidente do Sindicato da Alimentação de Sorocaba (SP), José Airton Oliveira, a situação tem que se resolver o quanto antes para que os trabalhadores voltem aos seus serviços. "Vamos nos reunir com os órgãos para que haja uma definição e um acordo. Não queremos que ninguém seja demitido", conta.
Ainda segundo a empresa, uma reunião está marcada para a próxima segunda-feira (9) para definir a situação do frigorífico. "O objetivo do dono, que assumiu há dois anos, é não prejudicar os funcioncários e garantir todos os direitos", alega a empresa em nota.
Segundo a prefeitura de Tatuí, o local foi fechado a pedido da Cetesb, e que também aguarda que a situação seja resolvido o mais breve possível.
Lembre o caso
Em outubro deste ano o Tem Notícias mostrou a situação dos moradores do bairro Rosa Garcia 2, que reclamavam do mau cheiro vindo de um frigorífico que fica no bairro. O problema enfrentado pelos vizinhos da empresa também foi mostrado em reportagem da TV TEM e publicado também no G1 nos meses de junho e outubro deste ano. O local foi multado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
O frigorífico está instalado no bairro há 15 anos. Os moradores acreditam que uma piscina de resíduos líquidos que fica no terreno do frigorífico seria a principal responsável pelo mau cheiro.
Segundo a Cetesb, o frigorífico funcionava mesmo sem uma licença de operação. Ainda segundo a Cetesb, uma equipe da companhia esteve no local para verificar quais adequações foram realizadas desde a última multa aplicada em maio de 2013. O valor da taxa foi maior que R$ 50 mil. A empresa também recebeu multa diária de cerca de R$ 3 mil no começo de agosto devido aos processos inadequados de tratamento nas lagoas de contenção e do descarte dos resíduos sólidos.
Moradores acreditam que mau cheiro seria causado por uma piscina de resíduos líquidos (Foto: Cláudio Nascimento/ TV TEM)
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