Odimar Martins
Talvez, e somente talvez,
batendo uma pedra contra outra,
numa noite necessariamente fria,
o poeta inventa o fogo e
descobre o calor da poesia.
Talvez, e somente talvez,
desgastando uma pedra
pelo esforço de fazê-la virar,
o poeta encontra a roda e
a letra que faz o mundo girar.
Talvez, e somente talvez,
soprando ossos ocos,
essencialmente com furos,
o poeta acha a flauta e
a melodia que encanta tudo.
Talvez, e somente talvez,
da varanda do mundo,
imprescindivelmente com vento,
o poeta imagina uma caravela e
o que pode ser levado pelo verso.
Talvez, e somente talvez,
prensando a tinta à madeira,
forçosamente o papel fala
e o poeta registra a voz,
tornando eterno o som da palavra.
Talvez, e somente talvez,
pisando a superfície da lua,
indispensavelmente
sem um texto que a defina,
o poeta apresenta a “imagem” –
lugar onde nascem todas as poesias.
Talvez, e somente talvez,
batendo uma pedra contra outra,
numa noite necessariamente fria,
o poeta inventa o fogo e
descobre o calor da poesia.
Talvez, e somente talvez,
desgastando uma pedra
pelo esforço de fazê-la virar,
o poeta encontra a roda e
a letra que faz o mundo girar.
Talvez, e somente talvez,
soprando ossos ocos,
essencialmente com furos,
o poeta acha a flauta e
a melodia que encanta tudo.
Talvez, e somente talvez,
da varanda do mundo,
imprescindivelmente com vento,
o poeta imagina uma caravela e
o que pode ser levado pelo verso.
Talvez, e somente talvez,
prensando a tinta à madeira,
forçosamente o papel fala
e o poeta registra a voz,
tornando eterno o som da palavra.
Talvez, e somente talvez,
pisando a superfície da lua,
indispensavelmente
sem um texto que a defina,
o poeta apresenta a “imagem” –
lugar onde nascem todas as poesias.
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