segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Exposição de oratórios é realizada no Museu Paulo Setúbal em Tatuí

Do G1 Itapetininga e Região

Segue até 27 de outubro a exposição ‘Oratórios – Relíquias do barroco brasileiro’, em Tatuí. A mostra que é realizada no Museu Paulo Setúbal, no Centro da cidade, reúne mais de 120 peças entre oratórios, imagens sacras e objetos de culto.

A mostra pertence ao acervo do Museu do Oratório, instalado na cidade histórica de Ouro Preto (MG), desde 1998. Reunidos pela colecionadora e presidente do Instituto Cultural Flávio Gutierrez (ICFG), Ângela Gutierrez, estes oratórios que foram doados ao Patrimônio da União contam parte da história de Minas Gerais e do Brasil. Mostram costumes e tradições; evocam hábitos e características do ciclo do ouro e dos diamantes; narram o processo de contribuições afro-luso-ameríndias que se fundem na formação cultural brasileira.

As peças foram criadas entre os séculos XVIII e o século XX. A maior delas é um oratório com imagens de Santo Antônio que foi construído para ser um altar. A coleção começou com uma miniatura da imagem de Santana, mãe da Virgem Maria.

De acordo com Ângela Gutierrez, o primeiro oratório chegou ao Brasil trazido pela primeira caravela portuguesa. ”A exposição traz uma coleção que tem um universo de possibilidades e pesquisas. A arquitetura e estilismo podem ser percebidos, assim podemos realizar estudos através dos oratórios”, diz.

Os materiais que compõem as peças variam. A maioria é feita de madeira, mas algumas imagens, como as dos chamados ‘oratórios lapinha’, são confeccionadas em calcita, um tipo de pedra mais suave e de fácil lapidação. Já os oratórios de conventos, feitos por freiras que viviam enclausuradas, são de papel laminado e lantejoulas. As imagens dos santos são estampadas.

“Será muito importante para a população de Tatuí poder visitar uma parte da história da arte no Brasil que é o barroco brasileiro” comenta a coordenadora do museu Raquel Fayd.

Ainda segundo Fayd, a arte pode ser percebida através da fé. “As pessoas que vierem ao museu vão se sentir mais em contato com sí mesmo” conclui.

A exposição já passou por diversos países da América do Sul e da Europa. Segundo os organizadores, as peças que mais chamam a atenção no exterior são as afro-brasileiras. A maioria das peças foram retiradas de casas de ex-escravos.

O Museu Paulo Setúbal está localizado na Praça Manuel Guedes, 98 centro. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta das 8h30 às 18h30 e aos sábados, domingos e feriados das 9h às 17h.

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