quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Amigos de Celso de Mello dividem opiniões sobre voto no mensalão

Do G1 - Em Tatuí, cidade natal do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, um dos assuntos mais discutido entre os moradores é o voto decisivo para o julgamento do Mensalão. O voto foi dado por ele na quarta-feira 18 e o ministro acatou os embargos infringentes, que deverão levar a um novo julgamento dos condenados por corrupção.


Na tarde de quarta-feira, o ministro falou por mais de duas horas sobre a importância do cumprimento do regimento interno do STF, que garante os chamados embargos infringentes. Coube a ele, o mais velho da corte, o voto de desempate depois que cinco ministros votaram contra e cinco a favor de um novo julgamento para réus do Mensalão.

Amigo do ministro, e que mora em Tatuí, o advogado José Rubens do Amaral Lincoln (foto) acredita que o voto seria mesmo favorável a um novo julgamento. Ele comenta que a decisão do ministro foi bem fundamentada. “Foi com tanta densidade, com tanta base, que dificilmente alguém vai questionar. Então, acho que dado a isso, as reações contrárias serão menos graves do que poderiam ser”, destaca.

O fotógrafo Lucas do Prado Arruda, que também mora na cidade, também concorda com a decisão. “Acho que foi sensato. Ele pensou bem e fez o que foi certo”, comenta.

A aposentada Maria Inês de Camargo afirma que esperava o contrário do que foi decidido. “Os moradores de Tatuí esperavam um outro resultado. Mas ele é um ministro e sabe o que faz”, comenta.



Quem também é contrário ao voto do ministro do STF é um dos melhores amigos de Celso de Mello. O dentista José Erasmo Negrão Peixoto ressalta que ficou frustrado, apesar de entender o embasamento legal no qual o ministro se pautou. “Todo mundo sabe que foi o maior saldo aos cofres públicos do Brasil. Agora, alguns vão ter direito a revisão das penas. Com isso, o que vai acontecer: será indicado um novo relator, um novo revisor. Assim, pode até prescrever o crime, ou seja, continua a impunidade. Eu fiquei frustrado porque acho que havia chegado a hora de começar uma nova etapa da nossa vida. Mas enfim, ele deu uma aula de direito”, comenta.


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