G1/TV Tem - O pagamento do Governo Federal aos donos de farmácias que oferecem o serviço da Farmácia Popular, em Tatuí, começou a ser realizado nesta quarta-feira (5). Os donos de farmácias que oferecem o serviço reclamaram que estavam sem receber o repasse do Ministério da Saúde há dois meses.
Conforme reportagem exibida pela TV TEM, emissora afiliada da Globo, desde abril o repasse do governo não era feito. Na ocasião, o Ministério da Saúde informou que iria realizar o pagamento de todos os meses atrasados até terça-feira (4).
Em entrevista ao G1 Itapetininga e Região, a sócia-proprietária de uma das farmácias que estavam sem o repasse, Fabiana Barros, o pagamento referente ao mês de abril foi feito, porém, ela não acredita que maio deve ser acertado nos próximos dias. “Verifiquei na conta bancária hoje [5] de manhã e constatei que o dinheiro de abril estava lá. Mas não acredito que o valor de maio será pago nos próximos dias, pois diversas vezes o pagamento ficou atrasado. Talvez pela reportagem eles acertem tudo, mas acho pouco provável”, afirma.
Ainda segundo Barros, a Farmácia Popular é um programa burocrático. O projeto federal oferece medicamentos de graça ou baixo custo para a população de baixa renda. Para participar do programa, o beneficiado precisa apresentar o CPF e uma receita de um profissional com validade de até 120 dias. Tudo deve ser registrado no site do Fundo Nacional de Saúde. Depois disso, os comprovantes e as cópias das receitas devem ser repassados ao governo para que a farmácia recebam as verbas.
Fabiana Barros é sócia de Jardel Ribeiro de Barros, um dos denunciantes mostrados na reportagem do Tem Notícias. Na ocasião, Jardel contou que se o atraso continuasse, o benefício seria suspenso. “Todos esses medicamentos que a gente adquire, tem que ser pago e para isso temos prazo. A gente compra e negocia com os fornecedores. Contamos com que o Governo Federal deposite, o que não está acontecendo. O pagamento de março não recebemos em abril. O de abril nós não recebemos em maio”, contou.
Outro denunciante que declarou suspenção no serviço por causa do atraso foi o empresário Joel Ribeiro de Barros Junior. O dono de farmácia apontou que os estoques reservados ao programa Farmácia Popular estavam acabando. “Vai prejudicar o atendimento público porque nossa preocupação é atender ao público. Na maneira que está, atrasado, daqui a pouco nós vamos ter que suspender a entrega”, informou.
O aposentado José Paes de Oliveira, um dos beneficiados do programa, contou que o serviço oferecido pelo Farmácia Popular é essencial em seu orçamento. O idoso que sofre de hipertensão retira todos os meses medicamentos gratuitos. “Para nós é muito importante, porque ganhamos pouco. Tem que procurar sempre mais barato”, conclui.
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