Do G1 Itapetininga e Região
Um recadastramento das famílias listadas no programa Bolsa Família do Governo Federal é realizado em Tatuí. A atualização começou depois que um levantamento feito pela Secretária de Assistência Social apontou que parte das famílias cadastradas não se enquadra nas regras do programa.
O levantamento mostrou que pelo menos 20% das famílias que recebem o benefício na cidade não se enquadram no perfil estipulado para o atendimento. Para fazer parte do programa é necessário comprovar renda mensal de até R$ 140 por pessoa da família e o valor pode variar de R$ 32 a R$ 300, dependendo do número de pessoas que moram na residência.
O recadastramento é feito pessoalmente nas residências dos beneficiados. Equipes percorrem os bairros para saber se a quantidade de moradores, assim como as condições de renda, é a mesma colocada no cadastro.
Segundo a escriturária do Programa de Cadastramento, Natália Bimbatti Paes, com o recadastramento mudanças de valores e cancelamentos do benefício podem acontecer. “Se estiver tudo correto, sendo as mesmas pessoas e renda cadastrada, nada vai mudar. Agora, quando a gente vê uma diferença, nós partimos para uma atualização de cadastro, mudamos essa família no cadastro para o perfil no qual ela se enquadra realmente. O benefício pode aumentar ou diminuir, ou a família pode não receber mais o benefício”, conta.
No município existem oito mil famílias cadastradas no programa, contudo somente 4,2 mil recebem o benefício. Isto acontece porque a cidade possui uma capacidade limite de beneficiados. Assim, muitas famílias que necessitam do dinheiro do programa estão cadastrados na lista, esperando por uma vaga.
O diretor do Departamento do Bem Estar Social e Cidadania, Márcio Fernandes De Oliveira, explica que o trabalho de recadastramento é bastante importante, pois muitas famílias cadastradas que não recebem o valor precisam do Bolsa Família. “Muitas pessoas realmente precisam e não podem entrar no programa porque Tatuí não tem mais espaço para nenhuma família. Então é necessário retirar as famílias que não precisam para colocar aquelas que realmente necessitam do programa”, afirma.
A dona de casa Lucicleide Lima Silva, mãe de 11 filhos, conta que a importância do programa na renda de sua família é de extrema importância. Segundo ela, sem o dinheiro que recebe no programa, as dificuldades para manter a casa seriam grandes. “Eu pago as contas e compro umas coisas para cada um”, diz.
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