Apesar de 90% da construção já executada, a empresa recebeu apenas R$ 349.290,17 do total da obra de R$ 1.352.524,59. Há ainda problemas mais graves. Seis saques foram registrados da conta específica do convênio em 2012, com transferências para conta movimento. Os documentos, que em breve serão encaminhados à Câmara Municipal e ao Ministério Público, mostram dois saques no dia 3 de maio, no valor de R$ 83 mil e R$ 90 mil, três saques no dia 4 de maio, no valor de R$ 120 mil, R$ 130 mil, R$ 155 mil; no dia 5 de junho, R$ 750 mil – totalizando R$ 1.328.000,00. O procedimento é irregular e ilegal, vedado pelo Tribunal de Contas e ainda pela Lei 8.429/1992, através do artigo 10 que prevê desvio de finalidade que caracteriza improbidade administrativa.
O movimento bancário mostra ainda devoluções à conta do convênio realizadas nos últimos meses do ano passado: no dia 11 de setembro foram R$ 50 mil, no dia 13 de novembro R$ 60 mil, no dia 10 de dezembro foram dois depósitos R$ 5 mil e R$ 190 mil – totalizando R$ 305 mil. Mas, o saldo entre retiradas e depósitos demonstra déficit de R$ 1.023.000,00. Pior, o saldo remanescente na conta, no dia 31 de dezembro de 2012, era de apenas R$ 5.181,08.
A secretária municipal de Fazenda, Finanças e Planejamento, Lilian Maria Grando Camargo, explica ainda que a dívida com a construtora não pode ser parcelada, já que pela normatização do convênio o pagamento do saldo deve ser imediato e que a prestação de contas do convênio deve acontecer no prazo máximo de 30 dias após a conclusão da obra. “A Prefeitura precisa ter disponível R$ 1 milhão para poder reiniciar as obras e finalizar esse convênio, já que o dinheiro destinado à construção foi usado irregularmente em outra finalidade. Vamos esperar a conclusão desse processo administrativo, para a partir de um parecer jurídico, buscar uma solução administrativa para esse enorme problema, e retomar a obra o mais rapidamente possível”, finalizou.
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