Os responsáveis pela Casa de Abrigo ao Irmão de Rua, de Tatuí, estão preocupados com a possibilidade de serem despejados do imóvel onde o trabalho é realizado. Segundo a direção, o proprietário do prédio teria pedido o local de volta.
A entidade atende 40 pessoas que, em sua maioria, não tem família ou um abrigo para morar. Os moradores beneficiados contam com cinco refeições por dia, além de produtos de higiene. São atendidas também no trabalho assistencial pessoas que precisam de uma refeição ou um banho.
A casa de apoio está alojada no mesmo prédio há 13 anos. De acordo com um morador que não quis se identificar, o ambiente entre os moradores da casa é excelente. “Eu gosto de morar aqui, nós ajudamos a manter o trabalho e somos bem cuidados”, conta o homem que está no entidade há quase oito anos.
A presidente do trabalho, Margarida Oliveira, afirma que recebeu um comunicado solicitando a entrega do prédio em um prazo de 180 dias ou teria que pagar um valor de R$ 3 milhões a vista, que corresponderia ao valor do terreno. “Fomos pegos de surpresa com esse aviso. Realmente eu não esperava”, conta a responsável pelo abrigo.
O aviso foi enviado pelo proprietário da casa, que solicitou o imóvel em janeiro de 2013. No entanto, o contrato do aluguel que ainda está vigor, mostra que a data para o vencimento do acordo seria em janeiro de 2017. O proprietário do imóvel não foi encontrado para explicar a situação.
Ainda segundo a direção do trabalho social, enquanto a situação não é resolvida o clima no abrigo é de insegurança e dúvida. “Estamos todos nervosos pois gostamos daqui e não sabemos para onde ir. Nós precisamos continuar aqui”, conclui Margarida.
(Foto: Reprodução / TV TEM)
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