quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Gonzaga afirma que vai recorrer de decisão da Justiça em Tatuí



Do G1 - O ex-prefeito de Tatuí Luiz Gonzaga Vieira de Camargo afirmou que irá recorrer da decisão da Justiça que o condenou por improbidade administrativa e determinou o bloqueio de bens do político.

Conforme mostra reportagem exibida nesta terça-feira (19) pela TV TEM, o ex-prefeito afirma que não houve irregularidades durante a contratação de uma empresa para gerir o sistema de radares e processamento eletrônico de multas de trânsito no município.

Denúncia feita pelo Ministério Público aponta que Gonzaga teria contratado uma operadora empresa sem licitação. Além disso, após o termino do contrato, a administradora teria recebido aproximadamente R$ 740 mil, a título de indenização. O contrato foi firmado em 2005 e terminou em 2007. “A cidade não tinha nenhum controle de multas e o contrato foi fielmente cumprido. Os preços estavam e estão dentro do valor de mercado. Não vejo nenhuma irregularidade. Vamos na justiça e eu tenho certeza que a Justiça será feita como sempre foi”, diz.

Gonzaga ainda se defende dizendo que todo o processo realizado na época da contratação foi acompanhado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado.

O ex-prefeito ficou no cargo de chefe do executivo até dezembro de 2012 depois de ter cumprido dois mandatos consecutivos, de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012. O ex-prefeito ainda poderá ser penalizado com a suspensão dos direitos políticos, a perda de função pública e o ressarcimento aos cofres públicos. O ex-prefeito tem 15 dias para recorrer da decisão judicial contra ele.

Segundo o Ministério Público, a ação civil foi instaurada no dia 21 de janeiro de 2013. A decisão pelo bloqueio dos bens é da juíza da primeira Vara Civil, Vilma Tomaz Lourenço Ferreira Zanini. Além de Gonzaga, outros servidores municipais e duas empresas também tiveram os bens bloqueados até o julgamento final.

De acordo com a Secretaria da Fazenda, Finanças e Planejamento, um dos servidores apontados no processo continua atuando na prefeitura. A secretária da pasta, Lílian Maria Grando, a atual administração aguarda ser notificada da sentença judicial para tomar providências. “Nós vamos seguir aqui o que for determinado pela Justiça. Se a Justiça determinar afastamento de funcionário, temos que cumprir”, diz.
Contratação sem licitação de empresa de administração de radares e processamento de multas gerou ação de improbidade administrativa (Foto: Comunicação Tatuí - Evandro Ananias)

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