Com informações da Folha de S. Paulo
O romancista mineiro Autran Dourado, autor de "Ópera dos Mortos" (1967), morreu aos 86 anos, por volta das 7h30 de domingo 30, em sua casa, em Botafogo, zona sul do Rio. Ele era pai do diretor artístico do Conservatório de Tatuí, Henrique Autran Dourado.
Segundo familiares, ele sofria de problemas respiratórios crônicos e teve uma hemorragia estomacal pela manhã. Seu corpo foi velado e enterrado no cemitério de Botafogo.
O escritor deixa a mulher, Lúcia Campos, com quem foi casado por mais de 60 anos, quatro filhos, dez netos e dois bisnetos.
Ana Carolina Fernandes - 20.jul.2005/Folhapress
O escritor Autran Dourado, que ganhou o Prêmio Camões em 2000
A literatura de Waldomiro Freitas Autran Dourado, nascido em Patos (MG), em 1926, foi marcada por personagens angustiados. "Sofro a angústia que eles sofrem", contou o autor à Folha, em 2005, ao se comparar com suas criações.
O autor venceu, em 2000, o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. Em 2008, recebeu da ABL (Academia Brasileira de Letras) o Machado de Assis, prêmio máximo concedido pela entidade pelo conjunto de sua obra.
Entre os principais títulos de Autran Dourado estão "Ópera dos Mortos" (1967), "A Barca dos Homens" (1961) e "O Risco do Bordado" (1970). O livro "Uma Vida em Segredo" foi adaptado para o cinema em 2001, com direção de Suzana Amaral.
Em "Gaiola Aberta" (2000), o autor publicou memórias dos tempos de JK. O escritor também atuava como jornalista e trabalhou em 1954 como secretário de imprensa de Juscelino Kubitschek, eleito presidente do Brasil no ano seguinte.
O filho Henrique Autran Dourado, que foi de Tatuí (SP) para o enterro, disse que o pai “deixa uma obra literária consistente e de qualidade, conhecida internacionalmente.” “Ele fez parte de uma geração de grandes escritores.”
Dourado recorda de uma passagem irreverente do pai, que, brincando, fingiu que ia atropelar o escritor e amigo filósofo e escritor Jean-Paul Sartre (1905-1980) na avenida Nossa Senhora de Copacabana. Depois do susto, diz, os amigos conversaram e ficou tudo bem.
A filha Inês Autran Dourado Barbosa disse que o pai era “muito afetivo e sempre muito carinhoso.” “Estava feliz por estar vivo. Chamava os netos de menino bom e dizia: ‘A gente tem que chamar de menino bom. Vai que ele acredita’.”
Já a neta Joana Autran Dourado recorda que sempre passava as férias com o avô. “Era feliz, uma ótima pessoa, gostava de viver”.
Otávio Rivera, amigo da família, diz que foi injusta a não indicação do escritor para uma cadeira da Academia Brasileira de Letras. “Acho que merecia ser eleito para ABL. Isso não acontecer foi uma injustiça. Autran deveria ser coroado na cadeira de Machado de Assis.”
Fonte: Boainformacao.com.br http://www.boainformacao.com.br/2012/09/filhos-relembram-momentos-do-escritor-autran-dourado-em-enterro/
O romancista mineiro Autran Dourado, autor de "Ópera dos Mortos" (1967), morreu aos 86 anos, por volta das 7h30 de domingo 30, em sua casa, em Botafogo, zona sul do Rio. Ele era pai do diretor artístico do Conservatório de Tatuí, Henrique Autran Dourado.
Segundo familiares, ele sofria de problemas respiratórios crônicos e teve uma hemorragia estomacal pela manhã. Seu corpo foi velado e enterrado no cemitério de Botafogo.
O escritor deixa a mulher, Lúcia Campos, com quem foi casado por mais de 60 anos, quatro filhos, dez netos e dois bisnetos.
Ana Carolina Fernandes - 20.jul.2005/Folhapress
O escritor Autran Dourado, que ganhou o Prêmio Camões em 2000
A literatura de Waldomiro Freitas Autran Dourado, nascido em Patos (MG), em 1926, foi marcada por personagens angustiados. "Sofro a angústia que eles sofrem", contou o autor à Folha, em 2005, ao se comparar com suas criações.
O autor venceu, em 2000, o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa. Em 2008, recebeu da ABL (Academia Brasileira de Letras) o Machado de Assis, prêmio máximo concedido pela entidade pelo conjunto de sua obra.
Entre os principais títulos de Autran Dourado estão "Ópera dos Mortos" (1967), "A Barca dos Homens" (1961) e "O Risco do Bordado" (1970). O livro "Uma Vida em Segredo" foi adaptado para o cinema em 2001, com direção de Suzana Amaral.
Em "Gaiola Aberta" (2000), o autor publicou memórias dos tempos de JK. O escritor também atuava como jornalista e trabalhou em 1954 como secretário de imprensa de Juscelino Kubitschek, eleito presidente do Brasil no ano seguinte.
O filho Henrique Autran Dourado, que foi de Tatuí (SP) para o enterro, disse que o pai “deixa uma obra literária consistente e de qualidade, conhecida internacionalmente.” “Ele fez parte de uma geração de grandes escritores.”
Dourado recorda de uma passagem irreverente do pai, que, brincando, fingiu que ia atropelar o escritor e amigo filósofo e escritor Jean-Paul Sartre (1905-1980) na avenida Nossa Senhora de Copacabana. Depois do susto, diz, os amigos conversaram e ficou tudo bem.
A filha Inês Autran Dourado Barbosa disse que o pai era “muito afetivo e sempre muito carinhoso.” “Estava feliz por estar vivo. Chamava os netos de menino bom e dizia: ‘A gente tem que chamar de menino bom. Vai que ele acredita’.”
Já a neta Joana Autran Dourado recorda que sempre passava as férias com o avô. “Era feliz, uma ótima pessoa, gostava de viver”.
Otávio Rivera, amigo da família, diz que foi injusta a não indicação do escritor para uma cadeira da Academia Brasileira de Letras. “Acho que merecia ser eleito para ABL. Isso não acontecer foi uma injustiça. Autran deveria ser coroado na cadeira de Machado de Assis.”
Fonte: Boainformacao.com.br http://www.boainformacao.com.br/2012/09/filhos-relembram-momentos-do-escritor-autran-dourado-em-enterro/
Um comentário:
Meu caro, leio semanalmente seu blog. É uma das minhas fontes de informação em Tatuí. Muito obrigado por repercutir!
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