G1 - O candidato a prefeito de Tatuí (SP),Manu (PMDB), da coligação ‘Tatuí Melhor Ainda’, foi entrevistado no Tem Notícias – 1ª Edição nesta terça-feira (25). Ele foi o segundo concorrente da cidade a participar do telejornal. Nesta semana a TV Tem, emissora afiliada da Rede Globo, realiza a série de entrevistas com os candidatos de Tatuí.
Essa foi a segunda rodada de entrevista com concorrentes de Tatuí. Entre os dias 3 e 6 de setembro todos participaram do Tem Notícias – 2ª edição.
Maria Paula Limah: Hoje , vamos conversar com Manu, do PMDB. Boa tarde, candidato. Muito obrigada por sua presença.
Manu: Boa tarde, Maria Paula. Boa tarde Fernando. Boa tarde, telespectadores.
Fernando Daguano: Candidato, seu tempo passa a valer a partir de agora. Candidato, no seu plano de governo o senhor fala em criar uma UTI Neonatal, um centro de hemodiálise e um posto avançado de tratamento contra o câncer. Como o senhor vai arrumar recurso para tudo isso?
Manu: Muito bem. Primeiramente, quero dizer que a saúde é coisa séria. Quando se trata de vida, não podemos arriscar e nem inventar. Vamos manter o Pronto-Socorro funcionando, porém, equipado com pronto-socorristas, com médicos, ampliar a UTI do nosso hospital que hoje está na totalidade das vagas, e criar a UTI Neonatal, o posto avançado de oncologia e também o centro de hemodiálise. Mas para que isso tudo funcione certo, temos que desafogar o movimento no pronto-socorro. Lá no bairro do Tanquinho vamos ativar novamente o posto de saúde para 24 horas. E no Santa Rita, vamos voltar a ter um posto de saúde. Na Vila Angélica, vamos colocar também uma UBS para 24 horas. Com esses postos funcionando 24 horas, vamos colocar o atendimento no Pronto-Socorro só para urgência e emergência. De maneira alguma vou mudar o Pronto-Socorro, porque essa distância pode colocar em risco a vida das pessoas.
Fernando Daguano: Voltando a minha pergunta, como o senhor vai arrumar recurso para tudo isso?
Manu: Veja bem. Além dos recursos federais, a gente vai fazer da maneira mais certa. Hoje, gasta-se 30% do orçamento com saúde. Gasta-se. Hoje, todas as ambulâncias são alugadas. Os equipamentos que estão hoje na UTI, os respiradores, são alugados. Só para vocês terem uma noção, para um respirador hoje se paga R$ 2 mil por mês, enquanto um novo custa R$ 20 mil. E os equipamentos do nosso laboratório? Todos alugados também. A gente não vai ter essa prática no nosso governo. Vamos adquirir esses equipamentos para que com essa aquisição a gente economize para dar essa saúde de qualidade à população, além das emendas que virão dos nossos parlamentares e do governo federal.
Maria Paula Limah: E quanto à criação de unidades básicas de saúde rurais. Tem demanda para tudo isso?
Manu: Sim, nós já temos as unidades básicas em algumas áreas rurais. Nós temos no Congonhal, no Miranda e nós temos no Enxovia. E vamos aí, agora, além de ampliar essas que já existem, reformá-las porque algumas estão realmente deterioradas, nós vamos melhorar para dar um atendimento já decente nesses postos e criar também os postos que têm demanda na área rural. Tem área rural que não há necessidade, mas tem área que há sim e dá demanda.
Fernando Daguano: Já que estamos falando de campo, o senhor fala em criar também uma patrulha agrícola rural para aumentar a segurança no campo. Esse trabalho já é feito pela Polícia Militar, certo?
Manu: Certo.
Fernando Daguano: O senhor acha que esse trabalho não é bem feito para criar uma nova?
Manu: Não...veja bem...essa patrulha rural nós temos também a do meio ambiente na Guarda Municipal. Nós vamos criar, junto com essa patrulha rural, as bases móveis da Guarda Municipal. De que forma? Hoje as bases que estão em áreas rurais, como nós temos em alguns bairros já, geralmente não se encontra guardas dentro das bases. Nós vamos criar quatro bases móveis. E elas vão fazer esse patrulhamento rural também. Ela fica evidentemente em um bairro como o Santa Adelaide, por exemplo, que sempre tem alguns furtos, por um período de 15 dias com guardas 24 horas. E depois, se o problema ocasionar um bairro ao lado que é o Jurumirim, nós mandamos para lá a base móvel, essa patrulha que vai ficar fazendo esse serviço itinerante em todos os bairros rurais para dar segurança também os moradores rurais, porque hoje há sim um índice de criminalidade em pequenas chácaras e em pequenos sítios.
Maria Paula Limah: E quais os atrativos que o senhor irá oferecer aos empresários para que tragam mais indústrias para o município?
Manu: Nós temos que trazer para Tatuí, evidentemente, um plano novo de atração para criação de novas indústrias. Nós temos hoje alguns planos de incentivo que já estão ultrapassados. Alguns municípios oferecem mais condições de incentivo como Sorocaba, Indaiatuba. Nós vamos copiar o novo plano de incentivo dessas cidades para atrairmos mais empresas. Mas é necessário também qualificar a nossa mão de obra. E hoje nós temos uma parceria muito forte com o PMDB, o qual pertence o Paulo Skaf, presidente da Fiesp, Federação das Indústrias do estado de São Paulo, o qual tem compromisso com a gente de construir uma unidade do Senai em Tatuí para qualificarmos a mão de obra para também atrair mais empresas.
Fernando Daguano: No seu plano de governo o senhor também reconhece que faltam vagas nas creches do município. Qual o déficit hoje de vagas nas creches e como o senhor pretende resolver isso?
Manu: Nós temos mais de 500 crianças esperando vagas hoje. A maioria das creches que estão construídas e que já têm no município são verbas do governo federal. Portanto, hoje o governo atual não é ligado ao governo federal e recebe uma verba já para fazer essas creches. Nós vamos construir o dobro de creches porque nós temos uma parceria mais forte ainda com o governo federal. Além disso, iremos direcionar o recurso da educação. Existe uma verba do Fundeb, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica. Eu quero deixar bem claro: os 60% que é de folha de pagamento e valorização do magistério, continua. Os outros 40% nós vamos investir em ampliação de unidades de creches e também investir em tecnologia. E deixar bem claro: a nossa verba dos 60% do Fundeb vai ser disponibilizada na Internet para todo o professor acompanhar como nós estamos usando.
Maria Paula Limah: O senhor é vereador, não é mesmo?
Manu: Isso.
Maria Paula Limah: Está no terceiro mandato.
Manu: Isso, no terceiro mandato.
Maria Paula Limah: Caso seja eleito, como pretende se relacionar com o legislativo?
Manu: Eu acho que eu tenho absoluta... eu não acho, eu tenho absoluta certeza que nos vamos ser um ótimo prefeito e, principalmente, por ter sido vereador. Essa experiência, essa tratativa entre prefeitura e câmara tem que ter uma sensibilidade política. Por termos passado três mandatos na câmara, a gente sabe o que um vereador realmente pleiteia e o que é bom realmente para a cidade. Então nós vamos ter esse intercâmbio com uma facilidade muito maior já por ter sido vereador. Tem esse canal mais estreito com a câmara municipal. Não vejo nenhuma dificuldade, vejo muito mais ainda a gente sendo vereador para ajudar a gente administrar a cidade.
Fernando Daguano: A câmara aprovou o aumento de vereadores de 11 para 17. O senhor participou? O senhor aprovou também?
Manu: Aprovei. Particpamos.
Fernando Daguano: O senhor acha esse número pouco, suficiente ou muito?
Manu: Hoje em Tatuí pode se colocar até 19 cadeiras. Isso feito em consenso em cima de número de habitantes. Nós colocamos para 17. Era 17 em 2000 quando me elegi, há 12 anos. Aí com a nova lei, Tatuí caiu para 11. E hoje poderia até 19. Com 17 vereadores dá para dar realmente um atendimento melhor para a população.
Maria Paula Limah: O salário de vereador também vai subir de R$ 4.900 para R$ 6.900. O senhor acha justo que esse salário se comprado ao salário do funcionalismo público municipal?
Manu: Veja bem. Isso foi feito através de uma emenda que foi feita baseada na Constituição Federal. O repasse poderia chegar até a 75% do valor do salário de um deputado. Nem isso a gente chegou. Foi feito um aumento apenas de 40% em cima do valor dos deputados. Ou seja, já havia quatro anos que não tinha esse reajuste. Esse reajuste foi feito agora e o funcionalismo, no nosso governo, vai ser prioridade. O nosso salário hoje do funcionalismo é o mais baixo da região. A gente vai equalizar. Inclusive, nós fizemos uma emenda de 11% no último aumento. Foi vetado pela câmara e também pelo senhor prefeito. Nós, no nosso primeiro ano, vamos dar 11% porque a folha de pagamento da prefeitura só se consome 43% . Dá para consumir até 54% com folha de pagamento, então dá para dar os 11% e melhorar o salário.
Fernando Daguano: Está certo. Muito obrigado pela sua participação, candidato.
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